Morte lenta da futura maior economia mundial? – ESTOA

Morte lenta da futura maior economia mundial?


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Desde os anos 80 a China vem expandindo significativamente a sua economia, até chegar nos dias de hoje com o título de nada mais nada menos do que a segunda maior economia do mundo.

Porém, nos últimos meses, temos nos deparado com alguns entraves que o país tem enfrentado, e daí surge a dúvida e a pergunta de milhões: será a morte lenta da futura maior potência econômica mundial?


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A China vem lutando contra a escassez de energia, surtos de covid-19, lockdowns e gargalos de fornecimento, além da crise do endividamento do setor imobiliário, bancário e também suas políticas altamente restritivas.

E, para dar ênfase a todos esses imbróglios, o PIB do 2º trimestre cresceu somente 0,4% (expectativa era 1%), o menor resultado desde o “boom” da pandemia em 2020.

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Um resultado bem distante da meta de 5,5% para este ano, o que acaba se tornando um motivo para preocupações.

Influência da China

Mas o que essa crise chinesa, principalmente no que se diz respeito a suposta “quebra” da incorporadora Evergrande (2ª maior incorporadora que segue em processo de reestruturação, com as negociações interrompidas na bolsa desde março deste ano) representa para o mundo e para o Brasil?

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Segundo diversos especialistas, os efeitos do endividamento da Evergrande estão bem longe de serem comparados ao estrago que a quebra do Lehman Brothers causou em 2008, pois trata-se de um problema “isolado” no território chinês. Mas não para nosso país, onde 30% das nossas exportações são destinadas a eles, inclusive o minério de ferro sendo um dos principais produtos comercializados para projetos de infra-estrutura do país (o setor imobiliário chinês corresponde a 25% do PIB).

Crise imobiliária

Portanto, uma crise imobiliária implica em menores gastos com infra, menos construções, menos demanda por nosso minério, e…queda em nossas exportações, menos receita em dólar, e por aí vai o tombo (já assistiram ao filme “Efeito Borboleta”? – assistam e vão entender do que estou falando!).

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Ainda que um PIB de 5,5% (meta), seja o sonho de consumo de qualquer país emergente diante a crise pela qual estamos passando, quando se trata de China, conhecida por ser “a máquina de fazer PIB”, esse número assusta um pouco, pois hoje ela é a maior importadora e exportadora do planeta, influenciando as economias em escala global.

Mas, apesar dessa maré, ainda se acredita que em algumas décadas, a gigante asiática representará a maior economia mundial até 2030.

E você, qual a sua opinião e expectativa sobre o futuro da gigante “Zhonguoó”?

– Flávia Davoli

*As opiniões do colunista não refletem necessariamente a posição da Estoa.