O que são “Blue Chips” e “Small Caps”? Entenda alguns dos termos mais usados na bolsa! – ESTOA

O que são “Blue Chips” e “Small Caps”? Entenda alguns dos termos mais usados na bolsa!


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Como se define o valor de um jogador de futebol?

Os requisitos para avaliar o valor de um atleta podem ser bem objetivos: idade, gols marcados, qualidades nos fundamentos (passe, cabeceio), técnica (controle de bola, drible), condicionamento físico e histórico de contusões. Características subjetivas, como liderança, temperamento e vigor, também são avaliadas.

Nas ações os princípios são os mesmos…

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Idade da empresa, consolidação no setor, qualidade nos fundamentos, histórico financeiro, indicadores técnicos, participação do serviço ou produto no mercado, governança e infinitos outros fatores que são levados em consideração na hora de escolher o “melhor jogador”.


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Apesar de não ser algo óbvio à primeira vista, as empresas possuem um ciclo de vida que se inicia com sua formação, passa pelo crescimento, chega à maturidade e, finalmente, entra na fase de declínio. Algumas empresas em fase de declínio se reinventam e retornam a uma etapa anterior do seu ciclo de vida.

Naturalmente, empresas em seus estágios iniciais são menores do que quando estão maduras e estabelecidas. Dessa forma, o porte de uma empresa pode indicar em qual estágio do seu ciclo de vida ela está e, portanto, o seu potencial de crescimento no mercado que atua.

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Dessa forma, se o investidor deseja se tornar sócio de empresas com elevado potencial de crescimento, tenderá a procurar empresas de qualidade que ainda estejam longe de alcançar a maturidade (Small ou Mid Caps). Por outro lado, se o objetivo do investidor for distribuição de lucros, o mais provável é que encontre essa característica em empresas maiores e consolidadas (Big Caps).

Entretanto, por critério de classificação das empresas, existem algumas designações para cada tamanho e valor de mercado:

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Small Caps (Ações de terceira linha)

São as empresas de baixa capitalização. Possuem um valor de mercado menor em relação as outras listadas e negociadas na B3. Um dos principais enquadramentos é valer entre US$ 300 milhões a US$ 2 bilhões. São companhias que estão em processo de aceleração de expansão. Ou seja, empresas menores que possuem um grande potencial de crescimento comparado as outras com capitalização maior.

Listo aqui algumas:

  • Banco Inter (BIDI11/BIDI4)
  • Lojas Americanas (LAME4)
  • Azul (AZUL4)

É importante pontuar que esse tipo de empresa possui alguns riscos. O foco principal é o crescimento, por isso tendem a se endividar.

Ter dívidas é bom? Sim, mas até certo ponto. Saiba identificar isso!

Blue Chips (Ações de primeira linha)

São as empresas de maiores capitalizações listadas na B3. Sendo representadas pelas mais seguras e consolidadas. As altas capitalizações marcam esse tipo de companhia, podendo valer US$ 10 bilhões ou até mais. Esses altos valores se devem pela forte geração de caixa e a não necessidade de estar sempre investindo nela mesma.

Geralmente essas empresas são famosas por pagarem “bons dividendos”. Isso se deve à preferência em distribuir seus lucros aos investidores. Listo aqui algumas:

  • Vale (VALE3)
  • Petrobras (PETR4)
  • Itaú (ITUB4)

Por razões óbvias, empresas pequenas possuem menos dinheiro em circulação no mercado (na forma de ações) e esse fato, por si só, implica em menor liquidez e maior volatilidade em potencial. Menor liquidez porque essas ações não comportam os enormes volumes negociados pelos grandes investidores e acabam sendo negociadas apenas pelos menores players. Da mesma forma, quanto menor o volume médio de negociação, maior a probabilidade de surgir um comprador ou vendedor grande o suficiente para empurrar a cotação rapidamente para cima ou para baixo.

Além dos riscos derivados da própria dinâmica do mercado de ações, empresas de pequeno porte também podem estar mais vulneráveis à concorrência e a possíveis oscilações do seu mercado de atuação. Adicionalmente, podem ser mais afetadas pela economia nacional e internacional, pela política econômica, pelas taxas de juros, variações cambiais, instabilidade de preços, políticas fiscais, regimes tributários, etc.


Dessa forma, ao comprar ações de empresas de pequeno porte, o investidor está mais exposto a alguns riscos do que ao comprar empresas maiores. No entanto, o porte nada tem a ver com a qualidade da empresa e da sua gestão, sendo perfeitamente possível encontrar excelentes Small Caps, bem como péssimas Big Caps. Sendo assim, o porte é apenas um indicador dos tipos de riscos que o investidor deve ficar mais atento ao analisar as empresas.

Classificações:

  • Podem ser consideradas blue chips as empresas com valor de mercado entre US$ 10 bi e US$ 200 bi.
  • O termo small cap é uma abreviação que quer dizer “small capitalization”. Traduzindo para o nosso idioma significa pequena capitalização. Ou seja, são ações de empresas com um valor de mercado pequeno, em média de US$ 300 milhões a US$ 2 bi.
  • Uma terceira classificação de ações são as microcaps.

Em geral, fazem parte dessa categoria companhias, cujo o valor de mercado está abaixo de R$ 300 milhões.

Por fim, alguns jogadores “estrelas” ganham no mês o que muitos jamais ganharão em toda vida.

Mas sabemos que quanto mais jogam, maior será seu “valor de mercado”. E esse princípio também se aplica nos mercados.

Quanto maior for a receita da empresa, maior será a possibilidade de lucro. E o investidor torce para que seus dividendos caiam na conta e a ação suba de preço…

-Frederico Melo

Invista Inteligente

*As opiniões do colunista não refletem necessariamente a posição da Estoa.