Por que é tão difícil comprar um carro usado? – ESTOA

Por que é tão difícil comprar um carro usado?


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Quem nunca teve dificuldade de comprar um carro de segunda mão? E depois, será que vale a pena fazer um seguro para o veículo? E o seu comportamento ao volante, diz algo sobre o seu perfil de investimento? E o que tudo isso tem a ver com as suas finanças? 

Essa seria uma típica situação em que uma das partes (no caso os vendedores), possuem melhores informações sobre o estado dos carros e muito provavelmente farão um Deal melhor que o comprador, que em grande parte das vezes desconhece o estado real do veículo e depende quase que exclusivamente das informações cedidas pelo vendedor.


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Informações incompatíveis

Lembro-me uma vez em que os meus pais pretendiam comprar um veículo seminovo e o meu pai, desconfiado do carro e das palavras do antigo dono, correu atrás na Internet de alguns sites que mostravam a procedência do veículo, e desta forma ele descobriu que o carro havia sido adquirido por meio de um leilão de automóveis não havia muitos meses e o preço que o vendedor queria naquele momento era substancialmente superior ao preço de aquisição do leilão. Ou seja, mais um exemplo, de como existe assimetria de informação na economia e de como é necessário buscar o máximo de informação para não se cair em uma armadilha em uma negociação. 

Seguindo esse mesmo exemplo da compra dos carros, temos o próprio seguro dos automóveis. Pense só! Como uma seguradora sabe se o seu assegurado dirige com prudência? Se ela tiver essa informação, será que poderia dar um desconto para motoristas mais prudentes? Você meu caro ouvinte, já entendeu novamente o que eu quero dizer.

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Estamos mais uma vez com um exemplo de informação assimétrica, visto que a seguradora muitas vezes não tem essa informação, fazendo com que motoristas prudentes e imprudentes acabem pagando o mesmo preço de seguro. O que fazer para resolver tal dilema? E se houver um banco de dados com as informações disponíveis sobre o comportamento de um motorista ao volante? Será que dessa forma seria possível oferecer valores distintos? Ou seja, fornecer desconto (premiar) motoristas que cometem menos infrações ou que se envolvem menos em acidentes de carro. 

Será que o seu comportamento ao volante diz algo sobre o seu perfil de investimento? Pense bem, será que uma pessoa que investe com prudência, também é prudente ao investir? A prudência ao dirigir pode dizer bastante sobre o seu gerenciamento de risco. Em suma, economia e investimentos estão inseridos no nosso dia a dia, queiramos ou não, e entender como funcionam as engrenagens deste sistema nos coloca a frente para justamente diferenciarmos o preço do valor de cada item que compõe as nossas escolhas financeiras e econômicas e torná-las mais transparentes e alinhadas com nossos objetivos e metas. 

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-Erik Braga, fundador do @suaterapia.financeira

*As opiniões do colunista não refletem necessariamente a posição da Estoa.

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