Credix levanta R$ 60 milhões em rodada série A
O aporte será utilizado pela companhia para sua internacionalização
Nesta terça-feira (06), a fintech Credix anunciou o levantamento da quantia de R$ 60 milhões em uma rodada Série A.
A rodada de investimentos foi liderada pelos fundos Motive Partners e ParaFi Capital, ambos norte-americanos.
Rodada de investimentos
A rodada série A, responsável por garantir à companhia a quantia de R$ 60 milhões, ocorreu há pouco menos de um ano da chegada da Credix ao Brasil, no final de 2021.
Com o objetivo de conectar investidores institucionais à prestadoras de crédito latino-americanas, a plataforma utiliza protocolos DeFi (Finanças descentralizadas), baseando-se em redes blockchain para a emissão de tokens.
Quando uma companhia contrata seus serviços, a fintech faz com que as empresas originadoras de crédito de países emergentes mandem a quantia em forma de stablecoin, que serão convertidas na moeda local dos solicitantes.
Além de ser co-liderada pelos bancos de investimentos americanos Motive Partners e ParaFi Capital , a rodada de investimentos também contou com a participação do Valor Capital, MGG Investment Group, Victory Park Capital e do presidente do Itaú América Latina, Ricardo Villela Marino, atuando como um investidor privado.
Para aterrissar em terras brasileiras, a fintech havia levantado, na época, a quantia de R$ 14,2 milhões em uma rodada seed. Isso ocorreu, ainda, cerca de um mês após o desenvolvimento da plataforma da Credix, em novembro de 2021.
Aqui, a companhia atende clientes como a a55, Provi, Divibank e Tecredi, oferecendo seu serviço B2B para originadores de crédito de países emergentes.
Com o aporte, o foco da fintech é dar continuidade ao seu processo de internacionalização, especialmente, em países da América Latina. Até o final de 2022, a companhia tem como objetivo iniciar suas operações na Colômbia e no México, além de gerir cerca de US$ 100 milhões em ativos.
Para o CEO da Credix, Thomas Bohner, o aporte foi extremamente estratégico para a companhia, atraindo qualidades do “mundo das finanças tradicionais e cripto”.
“Estamos trazendo parceiros com profundo conhecimento em mercados emergentes, crédito privado e finanças organizadas para construir uma infraestrutura de tecnologia financeira escalável”.
Mas, para que isso ocorra, a empresa também pretende ampliar seu time de colaboradores. Atualmente, a Credix atua com uma base de 14 funcionários, com o objetivo de atingir mais de 25 profissionais até o final deste ano.
Isso fará com que o desenvolvimento de novos produtos e serviços oferecidos pela fintech seja fortalecido, fazendo com que seu time, espalhado em Nova York, Antuérpia, na Bélgica, e São Paulo, se consolide.
Investimentos em fintechs
O mercado brasileiro de fintechs representa um cenário propício para investimentos. De acordo com a Credix, o ambiente de fintechs brasileiro é prioritário para financiamentos pois, acima de tudo, compila um grande número de empresas do tipo com um custo de capital significativo em um grande espaço.
“Houve uma entrada significativa de capital em empresas fintech, mas há escassez de financiamento de dívida de longo prazo e oportunidade, pois o ROE dos bancos é mais de 15%”, observa.
Essa posição também foi apresentada pelo Valor Capital Group, uma das participantes da rodada Série A levantada pela Credix.
Destacando que as redes Blockchain, especialmente o DeFi, podem criar uma infraestrutura mais escalável no mercado financeiro, o sócio-gerente do fundo, Michael Nicklas disse: “Acreditamos que a Credix é a solução mais bem posicionada para capturar essa oportunidade”.
Além disso, este é um exemplo de que cada vez mais os investidores estão otimistas com companhias que operam com a utilização de stablecoins e criptomoedas.
Para o sócio-gerente da ParaFi Capital, que co-liderou a rodada Série A, “acreditamos que a Credix está reconstruindo um sistema antiquado por meio da tecnologia blockchain e resolvendo um problema do mundo real em um momento crítico para a indústria”.