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Cresce percentual de brasileiros que estão pessimistas com a economia no governo Lula

O levantamento foi feito entre os dias 29 e 30 de março, foram ouvidos 2.028 entrevistados em 126 municípios em todo o país.

De acordo com a pesquisa Datafolha, publicada neste domingo (2), o percentual de brasileiros que acreditam numa piora na economia nos próximos meses aumentou desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O presidente Lula disse nesta segunda-feira (03), que não acredita nas projeções de baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil. Segundo ele, com a volta de investimentos e dependendo da “disposição” do governo, o país deve ficar acima das previsões de “pessimistas”. 

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“Eu ainda não vou dizer aquilo que eu disse em 2005, que foi motivo de muita chacota por parte da imprensa, quando eu disse “o milagre do crescimento”. Quando a economia brasileira cresceu 5,8% e a imprensa especializada achava que não ia crescer. Eu acho que a gente vai crescer mais do que os pessimistas estão prevendo”, afirmou em abertura de reunião com ministros da área produtiva e institucional do governo.

Percentual de piora na economia sobe em março

Em dezembro de 2022, 20% acreditavam que haveria uma piora na economia nos próximos meses. 

Em março, quando o novo levantamento foi feito entre os dias 29 e 30, foram ouvidos 2.028 entrevistados em 126 municípios em todo o país, na qual 26% disseram que a situação econômica do país deve piorar nos próximos meses, mesmo resultado daqueles que não haverá mudança. 

A pesquisa também aponta que para 46% a situação econômica vai melhorar (ante 49%). A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Com relação à situação do país nos últimos meses, 41% dos entrevistados dizem estar igual, (eram 35%), enquanto 35% falam em piora (ante 38%) e, para 23%, o cenário melhorou (ante 26% na edição anterior).

Ao serem questionados sobre a situação econômica pessoal, 56% disseram que irá melhorar (contra 59%), enquanto 14% responderam que irá piorar (na última pesquisa eram 11%) e, mantendo o mesmo patamar, 28% disseram que deverá ficar como está.

Com relação ao poder de compra das famílias, 33% dizem que deve aumentar, 31% esperam uma redução e 34% não tem expectativa de mudança. 

Legenda: 44% dos entrevistados acreditam que a taxa de desemprego deve aumentar no país Créditos: Reprodução

Desemprego

Seguido pelo pessimismo sobre a situação econômica do país, 44% dos entrevistados acreditam que a taxa de desemprego deve aumentar (ante 36%), enquanto 29% esperam uma redução do índice (ante 37%).

Os dados recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também apontam um aumento do desemprego no país.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), publicada na última sexta-feira (31), a taxa média de desemprego no Brasil subiu a 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro.

Em comparação aos três meses anteriores, a taxa de desocupação aumentou 0,5 ponto percentual (p.p), e o número de desocupados cresceu 5,5%, totalizando 9,2 milhões de pessoas.

Alta na inflação

Em relação a avaliação da inflação, 54% disseram que o índice deve aumentar nos próximos meses (eram 39% em dezembro). Já 20% estimam que a inflação deve diminuir e 24% acreditam que ela não deve mudar.

Em fevereiro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país, acelerou a 0,84%, após alta de 0,53% em janeiro.

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Os resultados divulgados mostram que a maior variação e o maior impacto vieram de Transportes, com 1,50% e 0,30 p.p respectivamente. Houve uma aceleração no resultado desse grupo em relação a fevereiro, quando teve variação de 0,08%. 

Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada é de 5,60%. Apesar da aceleração mensal para a taxa mais elevada desde abril de 2022, o índice passou a acumular nos 12 meses até fevereiro, já que, no mês anterior, o avanço foi de 5,77%.

Diante disso, o número permanece acima do centro da meta estimada para 2023, de 3,25%, e do teto da meta, de 4,75%.