Alta de 0,84% no IPCA de fevereiro é puxada pela Educação – ESTOA

Alta de 0,84% no IPCA de fevereiro é puxada pela Educação

Inflação sobe pelo 5° mês seguido, aponta IBGE


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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 0,84% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira (10).

A alta do segundo mês do ano, acima do valor atingido em janeiro, de 0,53%, foi principalmente puxada pelo desempenho da Educação (6,28%), com destaque ao ensino médio e ensino fundamental. 

Em fevereiro de 2022, o medidor oficial da inflação do Brasil expressou 1,01%.

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Em perspectiva dos últimos 12 meses, os dados recém-divulgados acumulam uma inflação de 5,6%. Já no ano, o IPCA soma uma alta de 1,37%.

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Os nove grupos

Dos nove grupos que representam os setores da economia, apenas o grupo Vestuário expressou variação negativa, -0,24%. O mesmo também foi o único a cair no mês anterior.

“Esse grupo vinha apresentando sucessivas altas há muito tempo. É natural, portanto, que os preços comecem a baixar”, explicou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa.

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Mercado/Foto: Getty Images

Confira abaixo a variação de todos os grupos calculados pelo IPCA:

  • Alimentação e bebidas – 0,16%
  • Artigos de residência – 0,11%
  • Comunicação – 0,98%
  • Despesas pessoais – 0,44%
  • Educação – 6,28%
  • Habitação – 0,82%
  • Saúde e cuidados pessoais – 1,26%
  • Transportes – 0,37%
  • Vestuário – -0,24%

Educação

Com um desempenho de 0,35 ponto porcentual, o maior impacto de fevereiro foi pelo grupo Educação (6,28%), sendo essa a maior alta do grupo desde fevereiro de 2004, quando subiu 6,70%.

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A alta de Educação, por sua vez, foi promovida pelos cursos reguladores (7,58%), pré-escola (9,58%), creche (7,20%), ensino superior (5,22%), cursos técnicos (4,11%) e pós-graduação (3,44%). Os subitens de maior impacto, contudo, foram o ensino fundamental (10,06%) e ensino médio (10,28%) – esse último, sozinho, contribuiu com 0,15 ponto porcentual para o IPCA, o maior impacto individual do resultado de fevereiro.

“Fevereiro é sempre marcado pela educação, pois os reajustes efetuados pelos estabelecimentos de ensino na virada do ano são contabilizados nesse mês. Normalmente, essa alta de educação fica indexada ao próprio IPCA, ou seja, o reajuste das mensalidades é baseado na inflação do ano anterior”, afirmou Pedro.

Alimentação, Habitação e Transporte

O segundo grupo a ter destaque no mês foi Saúde e cuidados pessoais (1,26%), puxado pelos itens de higiene pessoal  (2,80%), perfumes (7,50%), produtos de pele (4,54%) e planos de saúde (1,20%).

Já Habitação (0,82%) foi resultado da energia elétrica residencial (1,37%) e aluguel residencial (0,88%), devido a ajustes sazonais habituais.


Em Transportes, o IBGE indicou a gasolina (1,16%) como o único combustível a subir. Enquanto o etanol (-1,03%), gás veicular (-2,41%), óleo diesel (-3,25%) e passagens aéreas (-9,38%) frearam a alta do grupo.

Recorte regional

Nos recortes pelas regiões contabilizadas pelo IBGE, todas as 13 áreas urbanas apresentaram alta em fevereiro. Os grandes destaques do mês foram Curitiba com a maior variação (1,09%) e Rio Branco com a menor (0,44%).

A inflação da capital do Paraná foi, dominantemente, pela alta dos cursos regulares (5,97%), da gasolina (3,37%) e da energia elétrica residencial (5,94%).

Enquanto a inflação reportada na capital do Acre foi em razão da queda do preço da energia elétrica residencial (2,04%).

INPC

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,77%, ante de 0,46% indicado em janeiro. 

O indicador utilizado como parâmetro nos ajustes do salário mínimo, uma vez que calcula a inflação para famílias com renda mais baixa, acumulou uma alta de 5,47% nos últimos 12 meses e de 1,23% no ano.