Angela Merkel deixa o poder na Alemanha após 16 anos
Scholz foi empossado como chanceler pelo presidente Frank-Walter Steinmeier, no Palácio de Bellevue, em Berlim.
Nesta quarta-feira (08), a chanceler alemã Angela Merkel deixou o cargo que ocupava desde 2005 no governo alemão. Pelos próximos quatro anos, o novo primeiro-ministro do país será o líder do Partido Social Democrata (SPD), Olaf Scholz, de 63 anos.
A nomeação de Scholz foi possível graças à aliança formada pelo Partido Social-Democrata (SPD), Partido Democrático Liberal (FDP) e pela legenda ambientalista Os Verdes. O Partido Social-Democrata, de Scholz, foi o mais votado nas eleições de 26 de setembro, com 25,7%.
De acordo com as regras do governo alemão, o novo chanceler precisaria da maioria dos votos do parlamento formado por 736 pessoas. Por conta da aliança, Scholz recebeu 395 votos, 26 a mais do que o necessário para a eleição.
Os principais desafios do novo chanceler nesses quatro anos de mandato será substituir uma das líderes mais populares do planeta, além de trabalhar em relação à economia alemã.
Ultimamente a Alemanha vem passando por uma quarta onda de Covid causada pela variante Ômicron e a turbulência em relação a União Europeia podem ser um desafio para o novo chefe de estado.
A vitória da SPD é considerada uma “ressurreição” da esquerda no país após 16 anos do governo de um partido conservador como o de Merkel (Aliança CDU/CSU).
Ele é o quarto chefe de governo do SPD desde a queda do nazismo, após Willy Brandt (1969-1974), Helmut Schmidt (1974-1982) e Gerhard Schroeder (1998-2005).
PERFIL
Entre suas principais funções, Olaf Scholz foi Ministro das Finanças e vice-chanceler desde 2018. Além disso, o atual chanceler alemão já foi prefeito da 2ª maior cidade da Alemanha, Hamburgo.
Seu estilo não difere muito ao de Angela Merkel. Considerado uma pessoa pragmática porém um cumpridor de metas, o chanceler é conhecido por ser cauteloso na economia.
Scholz viu sua popularidade crescer durante a pandemia, quando, na função de ministro das Finanças, instituiu subsídios estatais substanciais para proteger a economia nacional.
Além disso, ele prometeu impedir o aumento excessivo de aluguéis e aumentar o salário mínimo de € 9,60 (R$ 60,50) para € 12 (R$ 75,50) a hora.
Outras medidas que fazem parte da campanha do novo chanceler é a legalização da maconha para adultos e que 80% da energia da Alemanha seja produzida por fontes renováveis até 2030.