BCE aumenta taxa de juros em meio combate à inflação – ESTOA

BCE aumenta taxa de juros em meio combate à inflação

A taxa de refinanciamento subiu para 3,0%, a de depósitos foi para 3,0% e a de empréstimos marginais aumentou em 3,25% em janeiro deste ano


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Nesta quinta-feira (02), o Banco Central Europeu (BCE) divulgou um aumento nas taxas de juros de meio ponto percentual, entretanto, a instituição  continua trabalhando no combate à inflação, por mais que o aumento na taxa dure até o mês de março deste ano.  

Em dezembro de 2022, a presidente do BCE, Christine Lagarde, havia afirmado que a instituição aumentaria a taxa em cerca de 0,50 ponto porcentual no início de 2023.

BCE

Nesta quinta-feira, as taxas de juros do BCE subiram entre 2,5% e 3,25%, sendo a maior taxa desde novembro de 2008. 

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Em um comunicado, o BCE disse: “Diante das pressões inflacionárias que se sobrepõem, o conselho do BCE pretende aumentar as taxas de juros em mais 50 pontos-base em sua próxima reunião em março”.


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O BCE tem enfrentado um aumento nos preços desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, assim como também as consequências da Pandemia de COVID-19, que levaram a Europa a ter um aumento de juros sem precedentes em julho de 2023. 

A taxa de refinanciamento subiu para 3,0%, a de depósitos foi para 3,0% e a de empréstimos marginais aumentou em 3,25% em janeiro deste ano.

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O aumento na taxa de juros também é um efeito da desaceleração da inflação ao consumidor europeu, já que, de acordo com o escritório de estatísticas da União Europeia,  o CPI anualizado da zona do euro em janeiro recuou para 8,5%.

Zona do Euro apresenta baixa no mês de janeiro Créditos: Reprodução

Fed

O Federal Reserve (Fed), divulgou que nos Estado Unidos a taxa principal de juros foi elevada pela oitava vez consecutiva, nesta quinta-feira, com cerca de 0,25 ponto porcentual. 

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BoE

O Banco Central da Inglaterra (BoE), também divulgou um aumento na taxa de juros oficial em cerca de 4% a mais desde o ano de 2008.

Zona do Euro 

Em janeiro de 2023, a zona do euro apresentou queda pela terceira vez consecutiva de 8,5%, devido ao aumento de preços na energia no na Inglaterra, entretanto, a taxa havia continuado acima da meta do Banco Central que estava em cerca de 2% a médio prazo.

De acordo com o economista- chefe do Banco Estatal alemão (KfW), Fritzi Köhler-Geib, a taxa de inflação deve continuar alta, já que mesmo tirando a energia e alimentos, a inflação continua em 5,2%.

Presidente do BCE, Christine Lagarde Créditos: Reprodução

Economia Europeia 

O BCE disse que não há medos em relação ao aumento da taxa de juros, já que de acordo com as previsões do Eurostat, a zona do euro poderá escapar da recessão, devido ao crescimento do PIB no quarto trimestre de 2022. 

A presidente do BCE afirma que a economia da zona do euro pode se mostrar “mais resiliente”, mesmo com a “fraca atividade global e da elevada incerteza geopolítica”.

De acordo com os dados do índice PMI, a atividade industrial mostrou uma recuperação em janeiro na zona do euro, já que muitas cadeias produtivas voltaram a se reproduzir, como a reabertura da economia chinesa. 


Sobre o aumento dos juros, Christine Lagarde disse: “Ainda temos um longo caminho a percorrer, sabemos que isso não acabou”. 

Por fim, o BCE afirma em seu comunicado que as taxas de juros devem: “continuar a aumentar substancialmente as taxas de juros em um ritmo constante e mantê-las em níveis suficientemente restritivos para garantir que a inflação volte à meta o mais rápido possível”.

A instituição também aponta que por mais que eles decidam trabalhar na desaceleração da inflação, tudo dependerá dos dados, para que decisões futuras sejam tomadas.

No ano passado, a solução que o BCE teve para conter a escalada da inflação, foi elevar seus juros em até 250 pontos base.