Boletim Focus diminui projeção da inflação de 2023 para 5,95%

O Banco Central do Brasil (BC), divulgou o Boletim Focus desta segunda-feira (20), com uma queda na projeção da inflação de 2023. Entretanto, a expectativa do índice em 2026 aumenta.

Essa semana acontecerá a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que traz grandes expectativas ao mercado financeiro. 

Boletim Focus 

No relatório do Boletim Focus, a projeção da inflação de 2023 feita pelos analistas do mercado, teve queda de 0,01%, para 5,95%. Já para os anos de 2024, 2025 e 2026 houve um aumento na projeção do índice. 

O IPCA de 2024 teve um aumento  para 4,11%, de 2025 foi para 3,90%, enquanto  para 2026 elevou de 3,79% para 4,00%.

A taxa de preços administrados de 2023 se manteve em alta verificada de 16 semanas, entretanto aumentou de 9,13% para 9,36%. No mês passado a projeção de preços administrados era de 3,01%, com uma estimativa para 2024 de 4,40%, que subiu neste mês para 4,50%.

Já para o ano de 2025, os preços administrados avançaram cerca de 3,94% para 4,0%, enquanto no ano de 2026 se manteve em 4,0%.

A projeção de 2023 para o Produto Interno Bruto (PIB) teve queda de 0,89% para 0,88%. A projeção de 2024 foi de 1,50% para 1,47% e a  de 2025 de de 1,80% para 1,70%, enquanto no ano de 2026 de 1,98% para 1,80%.

O Boletim Focus divulgou que a previsão para a taxa de juros básica da economia brasileira (Selic), se manteve em 12,75% para 2023, assim como também para o ano de 2024, na qual a previsão continua sendo de 10,0%. 

A de 2025 continua pela 6° semana se mantendo em 9,0%, entretanto, para 2602 houve um aumento, que foi de 8,75% para 9,0%.

Em relação ao dólar, a estimativa para 2023 foi mantida em R$ 5,25 pela 7° semana. Para 2024 e 2025 continua em R$ 5,30. Já para 2026 houve uma avanço de R$ 5,35 para R$ 5,40.

Copom 

Após a divulgação do BC sobre nova projeção da inflação no Boletim Focus, outro evento que vem gerando grandes expectativas no mercado financeiro, nesta semana é a reunião do Copom. 

Os analistas estimam que as mudanças tomadas pelo comitê devem ser mantidas, por mais que os créditos tenham aumentado, a expectativa é de que as incertezas econômicas domésticas e as expectativas inflacionárias ajudem a deixar a taxa básica de juros parada. 

O mercado financeiro também espera que a taxa Selic continue em 13,75%. A expectativa é que o Copom mantenha suas projeções para que assim seja mais fácil converter o nível alto de inflação  do país.

Há alguns meses o presidente do BC Roberto Campos Neto e o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tiveram algumas discordâncias devido à taxa Selic.  

De acordo com o economista-chefe do banco Itáu: “O Comitê deve reforçar que seguirá vigilante, como forma de insistir no processo de desinflação até que a convergência seja atingida e as expectativas estejam ancoradas ao redor das metas”.

Nesta mesma semana, será divulgado uma prévia do o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) do mês de março.

De acordo com o ministro da Fazenda Fernando Haddad (PT), o novo arcabouço fiscal deve ser divulgado antes da reunião do Copom. 

O ministro também afirma que: “O Copom tem a sua dinâmica, não podemos também atropelar o processo de conversa. Pois tem de sair uma coisa sólida, uma coisa sóbria, que faça sentido para as pessoas [o novo arcabouço fiscal]. Não vai ser o açodamento que vai nos levar a essa situação”. 

A reunião começa na terça-feira(21) e termina na quarta-feira(22) com grande destaque na inflação do Brasil.