Boletim Focus: projeção da inflação diminui para 4,98% e PIB sobe a 2,19% – ESTOA

Boletim Focus: projeção da inflação diminui para 4,98% e PIB sobe a 2,19%


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Nesta segunda-feira (3), o Banco Central do Brasil (BC) divulgou o Boletim Focus, no qual apresenta as novas projeções sobre os índices que compõem a economia brasileira feita pelos analistas do mercado financeiro.

No relatório, as estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou mais uma queda, enquanto para o Produto Interno Bruto (PIB), as expectativas continuam aumentando.  

IPCA

O Boletim Focus aponta queda nas expectativas para o IPCA de 2023, que foi de 5,06% para 4,98%. Para 2024, recuou de 3,98% para 3,92% pela 5° vez consecutiva, assim como também para 2025 que recuou de 3,80% para 3,60% e 2026 teve queda de 3,72% para 3,50%.

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Nos preços administrados, a estimativa para 2023 teve queda de 3,72% para 3,50%, pela 9° semana seguida, enquanto para 2024 aumentou de 4,44% para 4,46%, entretanto, para 2025 as expectativas se mantiveram em 4,0% e para 2026 recuou de 4,0% para 3,70%.

Selic

As projeções para a taxa básica de juros da economia (Selic), diminuíram de 12,25% para 12,0%. Para o ano de 2024, as estimativas se mantiveram em 9,50%, assim como para 2025 que ficaram em  9,0%. Já para 2026, as expectativas dos analistas recuaram de 8,75% para 8,63%.

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Ainda nesta segunda, declarações reforçaram a necessidade de um corte no custo dos empréstimos.

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Em reunião com o chamado “Conselhão”, Guilherme Mello, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, afirmou que as “condições estão dadas” para que o Banco Central inicie um ciclo de redução dos juros.

“Criadas as condições fiscais, de sustentabilidade fiscal, hoje o próprio Banco Central admite que os riscos, que eles chamam de risco de cauda, de descontrole do endividamento, estão superados. O pano de fundo fiscal está construído e as condições estão dadas”, concluiu.

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Copom 

Comitê de Políticas Monetárias (Copom), divulgou a ata da reunião que ocorreu entre os dias 20 e 21 de junho, confirmando que haverá uma manutenção na taxa Selic em 13,75%.

Copom, o Comitê de Políticas Monetárias/Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No entanto, os membros presentes nas reuniões realizadas pelo BC, dividiram opiniões sobre uma manutenção da taxa:  “Entretanto, os membros do Comitê foram unânimes em concordar que os passos futuros da política monetária dependerão da evolução da dinâmica inflacionária”, aponta o texto. 

Confira mais detalhes sobre a ata do Copom. 

Câmbio

Nesta edição do relatório, o mercado financeiro também manteve suas expectativas para a cotação do real frente ao dólar no fim deste ano. 

Dessa maneira, as projeções são de que a cotação da moeda brasileira frente à norte-americana atinja os R$ 5,00. Esta é a mesma quantia pela segunda semana consecutiva.

Para o próximo ano, as instituições e economistas consultados pelo Banco Central reduziram suas expectativas de R$ 5,10 para R$ 5,08.

Mercado financeiro mantém projeções para o câmbio/Foto: Getty Images

Em 2025, as apostas para o câmbio subiram de R$ 5,15 para R$ 5,17. Para 2026, porém, a expectativa para a cotação foi reduzida de R$ 5,25 para R$ 5,20. 

CMN

Os membros do colegiado do Conselho Monetário Nacional (CMN), se reuniram na quinta-feira (29/6), e decidiram manter a meta de inflação em 3% nos próximos anos, 


O novo modelo é conhecido como meta contínua, e faz com que o limiar torne-se mais flexível a partir dos próximos anos. Assim, o Copom deve perseguir uma meta de 3% para a inflação ao consumidor em todos os meses.

O plano já é utilizado em outras economias, como nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Apesar disso, a margem de tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo não foi alterada pelo Conselho, fazendo com que a meta seja considerada formalmente cumprida caso fique entre 1,5% e 4,5%.