CAE do Senado iniciou discussão de indicados ao BC e ao Cade
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado iniciou na manhã desta terça-feira, 5, a sessão para sabatina dos indicados à diretoria do Banco Central e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Nomes que serão analisados pelo CAE do Senado
Para o BC, serão analisados pelo CAE do Senado os nomes de Diogo Abry Guillen, indicado para o cargo de diretor de Política Econômica, no lugar de Fabio Kanczuk, que deixou a autoridade monetária no fim de seu mandato, em dezembro.
Renato Dias Gomes, indicado para a cadeira de diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução. Seu antecessor, João Manoel Pinho de Mello, saiu da autarquia em fevereiro, após estender seu mandato, que inicialmente terminaria no fim do ano passado.
Para o Cade, serão sabatinados os nomes indicados, de Alexandre Barreto de Souza, para o cargo de Superintendente-Geral, e Victor Fernandes, para conselheiro do tribunal antitruste.
Victor Fernandes foi apontado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, para o cargo apenas na segunda-feira, mas houve um acordo para que não fosse necessário esperar o prazo regimental de uma semana entre a indicação e a sabatina.
Lugar da análise
A análise dos nomes indicados para o BC e para o Cade ocorre dentro de um esforço concentrado do Senado para destravar indicações para agências e órgãos reguladores, que têm funcionado desfalcadas.
Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), vinha segurando indicações do presidente Bolsonaro havia mais de um ano, com atritos entre “padrinhos”, incluindo senadores, ministros, integrantes do Centrão e o entorno de Bolsonaro.
Pacheco segurou por mais de um ano os nomes indicados, pois ele queria “dividir o bolo” todo de uma vez, para atender de forma “equilibrada” as diversas alas políticas que têm interesse nos cargos.
*Com Estadão Conteúdo.