Câmara dos EUA deve votar projeto do teto da dívida nesta quarta (31)
O envio do projeto foi aceito na última terça-feira (30)
Durante a noite da última terça-feira (30), o Comitê de Regras da Câmara dos Estados Unidos aprovou o envio do projeto que amplia o teto da dívida ao Congresso do país. Dessa maneira, a votação deve ocorrer nesta quarta-feira (31).
A aprovação do texto se deu com uma base composta por 13 deputados, contando com 7 votos a favor e 6 contrários.
Esperando pela definição, que deve ocorrer ainda no dia de hoje, as principais bolsas da Europa fecharam em queda, à medida que o mercado norte-americano também abriu com desvalorizações.
Teto da dívida
O projeto que busca retirar o limite do teto da dívida norte-americana foi aprovado pelo Comitê de Regras na noite da última terça. Apesar da urgência, o projeto passou por divergências, com uma votação de 7 votos a favor e 6 contra.
Do colegiado, composto por 13 deputados, nove eram republicanos e quatro democratas — todos contrários ao envio. Seu objetivo era especificar sob quais regras a tramitação seria feita.
Os únicos republicanos a se manifestar contra a entrega do texto foram Chip Roy e Ralph Northan. Anteriormente, ambos já haviam declarado suas insatisfações acerca do tema.
Mesmo assim, nesta quarta, o projeto deve ser posto novamente em votação na Câmara. Ainda durante a madrugada de hoje, Kevin McCarthy, o presidente da Câmara dos Deputados do país, iniciou movimentos para garantir maioria dos votos na casa.
Para isso, líderes congressistas devem garantir um saldo suficiente de votos dos democratas, além de reunir republicanos também favoráveis ao projeto.
Apesar disso, a maior dificuldade encontrada é conseguir a cooperação de deputados de extrema direita.
Essa é a esfera política que se demonstrou mais contrária à medida até então, citando consequências para o presidente da Câmara por conta do acordo com o atual presidente do país, Joe Biden.
Juntamente de seus assessores, McCarthy previram sucesso nas movimentações para angariar posições à favor, marcando a votação para a noite desta quarta-feira, logo após o fechamento dos mercados financeiros.
Em seu perfil no Twitter, o presidente da Câmara norte-americana se manifestou sobre o acordo:
“Os Republicanos reconhecem que a Reforma da Previdência tira as pessoas da pobreza e as coloca em oportunidades de trabalho. O acordo do limite da dívida exalta requisitos de trabalho consequentes e que economizam dinheiro aos adultos aptos — a vitória de uma política conservadora impensável há apenas alguns meses”.
O que diz a proposta?
O texto a ser votado na noite desta quarta prevê a retirada do teto da dívida dos Estados Unidos de, atualmente, US$ 31,4 trilhões.
A suspensão se daria até o dia 1º de janeiro de 2025, fazendo com que o governo do país tenha a possibilidade de arcar com as despesas, tal qual solicitar empréstimos ilimitados.
Apesar disso, ainda há urgência na aprovação do projeto, que promete evitar o primeiro calote da história dos Estados Unidos.
Segundo a Secretária do Tesouro do país, Janet Yellen, no início de maio, caso nenhum acordo se firme, seria possível que a nação atingisse o teto da dívida no dia 1º de junho.
No entanto, o prazo para que um consenso se forme acerca do projeto foi estabelecido para a próxima segunda-feira (5/07). As negociações duraram semanas.
Mercado com receio
A ansiedade sobre a votação do tema fez com que os mercados financeiros desacelerassem durante o pregão desta quarta-feira (31).
Nos Estados Unidos, o índice S&P 500 soma queda de 0,44% por volta das 14:30 horas (horário de Brasília), aos 4.187,02 pontos. Já o Nasdaq-100, por sua vez, atingiu desvalorização de 0,38% durante o mesmo horário, com uma pontuação de 14.300.
Na Europa, a sessão também foi de sangria. As maiores quedas foram indicadas pelo FTSE MIB, de Milão, com -1,97% (26.051 pontos); pelo parisiense CAC-40, com -1,70% (7.087 pontos); e pelo DAX-30, em Frankfurt, com -1,69% (15.640 pontos).