Copom mantém taxa Selic em 13,75% pela 5° vez – ESTOA

Copom mantém taxa Selic em 13,75% pela 5° vez

Super Quarta movimenta mercado financeiro com divulgação de taxas no Brasil e Estados Unidos


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Nesta Super Quarta, o Banco Central dos Estados Unidos (Fed) e o Brasil (BC) divulgaram suas taxas básicas de juros da economia. 

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 13,75% pela 5° vez seguida.

Reunião Copom

No encerramento da semana de reunião do Copom, BC decidiu manter a taxa Selic em 13,75%. Em setembro de 2022, o comitê havia controlado 12 altas seguidas da taxa de juros básica com essa nova porcentagem.

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No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e alguns de seus ministros vêm mostrando descontentamento em relação à taxa estabelecida pela instituição. 

“As expectativas de inflação para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus se elevaram desde a reunião anterior do Copom e encontram-se em torno de 6,0% e 4,1%, respectivamente”, declara o Copom.

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Ontem (21), Lula voltou a fazer críticas em relação à decisão do Banco Central sobre a porcentagem da taxa Selic. 


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“Vou continuar batendo, tentando brigar para que a gente possa reduzir a taxa de juros para que a economia possa voltar a ter investimento”, comenta o presidente da República. 

Em relação ao Índice de preços no consumidor (IPCA), o comitê aponta uma alta de 5,60% em 12 meses até fevereiro, com o limite superior da meta para o ano de 4,75%, assim como também uma margem de tolerância em até 1,5 pontos percentuais. 

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“O Comitê avalia que a desancoragem das expectativas de longo prazo eleva o custo da desinflação necessária para atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional”, afirma o BC em comunicado. 

O Copom elevou sua projeção do IPCA em para 5,8% em 2023 e para 3,6% em 2024.

Em comunicado, o comitê diz que a reoneração  de combustíveis como um fator positivo para a redução das incertezas na economia.  

“Por um lado, a recente reoneração dos combustíveis reduziu a incerteza dos resultados fiscais de curto prazo. Por outro lado, a conjuntura, marcada por alta volatilidade nos mercados financeiros e expectativas de inflação desancoradas em relação às metas em horizontes mais longos, demanda maior atenção na condução da política monetária”, destaca o comitê.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e alguns de seus ministros vêm mostrando descontentamento em relação à taxa Créditos: Ricardo Stucket

Cenário Internacional

Em seu comunicado, o Copom também faz comentários em relação ao fechamento dos bancos regionais dos Estados Unidos e a crise de liquidez do Credit Suisse.

 “Os episódios envolvendo bancos nos EUA e na Europa elevaram a incerteza e a volatilidade dos mercados e requerem monitoramento”, aponta o comitê.

O Comitê diz que as atividades de inflação globais se mantêm  resilientes e que podem avançar “Em paralelo, dados recentes de atividade e inflação globais se mantêm resilientes e a política monetária nas economias centrais segue avançando em trajetória contracionista”.


No comunicado, o Copom fala sobre o cenário doméstico e suas expectativas sobre a desaceleração da atividade econômica: “Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom”.

O Copom também afirma que apesar de manter a taxa em 13,75% pela 5° vez seguida, ainda sim, o BC não descarta  a possibilidade de um novo aumento  de juros caso a inflação não melhore.

Os membros que votaram a favor de manter a taxa Selic neste mesmo percentual foram: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, Paulo Sérgio Neves de Souza e Renato Dias de Brito Gomes.