Copom se reúne hoje para definição da taxa de juros básicos
A expectativa de aumento na taxa selic afetou o mercado financeiro no pregão de segunda-feira (25)
Está marcado para hoje (26), o início da sétima reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em Brasília. O seu principal objetivo será a definição da taxa básica de juros, a Selic. A expectativa é que amanhã, (27), o Copom anuncie sua decisão ao fim do dia.
A expectativa é que a reunião siga os passos dos últimos encontros e aumente a taxa de juros. Impulsionado pela alta taxa de inflação dos últimos meses, as instituições financeiras preveem que a Selic deve subir de 6,25% para 7,5% ao ano nesta reunião.
Na ata da última reunião do Copom, os membros já sinalizaram que deveriam manter a elevação da Selic no mesmo patamar de 1 ponto percentual. “Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros em 1,00 ponto percentual, para 6,25% a.a. Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude”, disse a ata.
O cenário de possível alta afetou o mercado financeiro, que espera por um aumento maior, de 1,25%. O índice Ibovespa alcançou mais de 100 mil pontos enquanto o dólar registrou a marca de R$5,55, menor preço desde junho de 2021.
HISTÓRICO
Após seis anos de estagnação, a taxa Selic volta a ter um ciclo de alta. Isso se deve principalmente à Política Monetária restritiva que o governo está trabalhando, que é utilizada quando a inflação está em alta e a principal estratégia utilizada neste cenário é o aumento da taxa de juros, gerando assim, um controle da disponibilidade de moeda na economia.
De acordo com a Agência Brasil, de julho de 2015 a outubro de 2016, a taxa permaneceu em 14,25% ao ano. Depois disso, o Copom voltou a reduzir os juros básicos da economia até que a taxa chegasse a 6,5% ao ano, em março de 2018.
Em julho de 2019, a Selic voltou a ser reduzida até chegar ao menor nível da história em agosto de 2020, em 2% ao ano.
Começou a subir novamente em março deste ano, quando avançou para 2,75% ao ano e, no início de maio, foi elevada para 3,5% ao ano. Em junho, agosto e setembro, subiu para 4,25% ao ano, 5,25% ao ano e 6,25% ao ano, respectivamente. Para o final de 2021, a expectativa é que a taxa selic alcance o patamar de 8,75% ao ano.