Defasagem se sustenta nas refinarias da Petrobras; Acelen sobe diesel
A defasagem da gasolina e do diesel segue em alta no Brasil no mês de junho, com exceção do mercado baiano. Desde o primeiro dia deste mês, os dois combustíveis registram diferenças de dois dígitos em relação ao Golfo do México, o que aumenta a pressão para que a Petrobras eleve os preços nas suas refinarias.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a defasagem média da gasolina é de 17% e do diesel, 16%, taxas amenizadas pelo fato da Refinaria de Mataripe, na Bahia, do fundo de investimento árabe Mubadala, realizar reajustes semanais, ao contrário da Petrobras, dominante no segmento de refino.
Defasagens chegam a 20%
Na estatal, as defasagens chegam a 20%, no caso da gasolina, e 19% no caso do diesel. Na Bahia, a diferença de preços com o mercado internacional é de apenas 4% e 3%, respectivamente.
Se a Petrobras quiser alinhar hoje seus preços com o mercado internacional, segundo a Abicom, teria que elevar o litro da gasolina em R$ 0,82 e do diesel em R$ 0,95, se levada em conta a defasagem média.
A Acelen, braço do fundo Mubalada que controla a Refinaria de Mataripe, aumentou a gasolina em torno dos 5% na última sexta-feira e o diesel entre 7,8% e 7,9%.
*Com Estadão Conteúdo.