Departamento do Comércio divulga PCE dos Estados Unidos nesta sexta-feira (23) – ESTOA

Departamento do Comércio divulga PCE dos Estados Unidos nesta sexta-feira (23)

O índice de inflação de consumo norte-americano apresenta uma base mensal de 0,1% e de 5,5% em base anual


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Nesta sexta-feira (23), o Departamento de Comércio norte-americano divulgou o Índice de Preços de Gastos (PCE) dos Estados Unidos, apresentando a medida da inflação do país, no qual avançou cerca de 0,1% em novembro, estando abaixo dos 0,4% revisados no mês de outubro de 2022.

Em um acumulado de 12 meses, a inflação norte-americana avançou cerca 5,5%, abaixo dos 6,1% estimados por alguns analistas.

PCE

O PCE é um dos principais indicadores do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, que tem como objetivo usar deliberações sobre as taxas de juros dos EUA. Portanto, tem como função principal capturar a inflação ou deflação em uma variedade de despesas do consumidor, assim como também pode mostrar as mudanças no comportamento do consumidor no país. 

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Os dados divulgados pelo PCE ganharam importância após os números fortes do país terem reforçado as expectativas de uma política monetária mais alta, apresentada pelo Federal Reserve. 

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Por esse motivo, as expectativas eram de que o PCE mostrasse mais indicações sobre o aumento dos preços, mostrando se as taxas podem ser moderadas, por mais que o sejam esperados mais aumentos dos juros em 2023.

O núcleo do PCE não inclui os preços dos alimentos e energia, por serem mais voláteis. Sendo assim, fora do cálculo do PCE, a inflação de consumo norte-americana  foi de 0,1% na base mensal e de 5,5% na anual. 

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O resultado apresentado pela instituição foi de que o núcleo do índice da inflação do país veio em 4,7%, conforme as estimativas, apresentando dados prévios abaixo de 5%.

De acordo com a avaliação feita pela economista do C6 Bank, Claudia Rodrigues:  “Preços de bens contraíram 0,4% em novembro. Esse arrefecimento é reflexo da reorganização das cadeias de produção e da queda dos preços das commodities”

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“Já a inflação de serviços segue resiliente, pressionada pelo mercado de trabalho aquecido, onde o excesso de demanda por trabalhador em relação a oferta disponível segue impulsionando salários. Em novembro, o PCE de serviços subiu 0,4%”, finaliza Claudia Rodrigues.

A inflação de consumo norte-americana  foi de 0,1% na base mensal e de 5,5% na anual Créditos: Reprodução

Gastos dos consumidores 

Nesta sexta-feira (23), o Departamento de Comércio também divulgou o aumento nos gastos dos consumidores norte-americanos. Estes gastos representam cerca de mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, que sumiram em 0,1%. Os dados foram divulgados no mês de outubro, e mostrou uma alta em cerca de 0,9%.

Alguns economistas consultados pela Reuters projetavam que o os gastos dos consumidores aumentariam em 0,2% no mês passado, devido uma mudança na demanda de bens para serviços.  

Os gastos dos consumidores podem impulsionar o crescimento econômico dos país, já que pode unir as exportações para impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do país. A economia dos EUA cresceu cerca de 3,2% no último trimestre de 2022. 


As estimativas do mercado eram de que no quarto trimestre de 2022, o crescimento na economia dos EUA seria em torno de 2,7%, já que grande parte dos gastos dos consumidores correspondem aos ganhos salariais sólidos, que resultou em um mercado apertado, com economias acumuladas durante o primeiro ano de pandemia da Covid-19.

Na semana passada o Fed aumentou a taxa de juros em 0,50 pontos percentuais para uma faixa de 4,25% a 4,50%. Alguns membros do Fed estimam que a taxa aumente entre 5% a 5,25% no próximo ano, apontando que esta porcentagem pode ser mantida por algum tempo. 

Por fim, o Fed aponta que outras medidas de inflação também mostram sinais de desaceleração, além dos cálculos feitos através do PCE, a instituição também aponta que, por mais que a inflação apresente uma taxa menor do que a esperada e que o os gastos dos consumidores tenha aumentado, a decisão de elevar a taxa de juros para níveis mais altos no próximo ano continua em pauta na instituição.