Dólar adquire aumento com China, Fed e Copom no foco
O dólar segue em alta no exterior e no mercado local nesta segunda-feira e há expectativas se o Banco Central vai intervir com novo leilão de venda de dólares no mercado à vista.
Pressão do dólar
Na tarde de sexta-feira, o BC vendeu US$ 571 milhões e ajudou a tirar pressão do dólar à vista, que fechou a R$ 4,8051 (+4%), após atingir máxima a R$ 4,8390. Mas os juros futuros operam em baixa, sob influência da queda de mais de 4% do petróleo e do recuo dos juros dos Treasuries nesta manhã.
Pesam nos negócios o cenário de aversão a risco com ampliação das restrições pela covid-19 na China e sinais de agressividade no ritmo da política monetária dos Estados Unidos na próxima semana, enquanto no Brasil a diretoria do Banco Central reforça os sinais de que o aumento de 1 pp, a 12,75% da Selic em maio pode ser o último do atual ciclo de aperto de juros.
Redução da atratividade
Essa perspectiva reduz a atratividade do país em relação ao diferencial de juros ante a aceleração das taxas externas, com efeito de alta no dólar e também de baixa dos juros futuros. Sinais de crise institucional entre STF e militares estão no radar local.
A expectativa nos próximos dias fica com o IPCA-15 de abril, na quarta-feira, exatamente uma semana antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre juros (4 de maio), mesmo dia do desfecho da reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
Às 9h23, o dólar à vista subia 0,41%, a R$ 4,8241, após máxima a R$ 4,8525. O dólar para maio ganhava 0,51%, a R$ 4,8365, após máxima a R$ 4,8630.
*Com Estadão Conteúdo.