Dólar foi a mínima R$ 4,90 com fluxo do exterior
O dólar foi a mínima a R$ 4,9051 (queda de 0,80%) no mercado à vista há pouco, dando sequência ao ritmo de baixa pelo quinto dia consecutivo no mercado local. Em março, a moeda norte-americana acumula perdas de cerca de 4,74%.
Dólar foi a mínima e analista de câmbio se posiciona
O analista de câmbio Elson Gusmão, da corretora Ourominas, afirma que a desvalorização da moeda norte-americana se amplia frente o real em linha com a perda de força e recuo do índice DXY e também frente pares emergentes do real em meio a um leve fortalecimento do petróleo há pouco, após ficar volátil mais cedo.
Persistem os ingressos de fluxo de investidores estrangeiros diante da fuga de capitais da Rússia por causa da guerra na Ucrânia e sanções a Moscou e também da China, após manutenção de juros pelo BC chinês ontem, observa Gusmão.
Consequências para o real
Além disso, em sua percepção, o real ganha maior atratividade ainda com a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) confirmando hoje a sinalização do comunicado de mais um aperto de 1 ponto porcentual da Selic em maio, a 12,75% ao ano.
“Mesmo após um tom mais hawkish do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, ontem, a perspectiva é de que, mesmo com possível aceleração do ritmo de alta de juros para 0,50 ponto porcentual em alguma ou mais de uma reunião do Fed neste ano, o diferencial de juros seguirá muito favorável ao Brasil, que tem juro real ao redor de 9% ao ano”, comentou Gusmão.
O mercado quer ganhar dinheiro, colocar o lucro no bolso, e ainda que o Brasil tenha problemas fiscais e inflação alta, o investidor sente-se atraído pela segunda taxa de juros mais alta no mundo, que é brasileira, avalia a fonte.
*Com Estadão Conteúdo.