Fed interrompe alta na taxa de juros e índice fica em uma faixa de 5% a 5,25%
Fomc diz que ainda prevê uma faixa de 5,6% dos juros até o fim de 2023
Nesta quarta-feira (14), o Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), divulgou que não haverá mais alta na taxa de juros do país, portanto, mantendo o referencial em uma faixa de 5% a 5,25%, após 10 altas consecutivas.
Ontem(13), o Fed teve sua primeira reunião, na qual foi divulgado que o Índice de preços ao consumidor dos EUA (CPI), teve uma desaceleração no mês de maio, com variação de 0,1% na comparação entre o mês de abril e este mês.
Taxa de Juros
O Fed já havia indicado que a proposta era adotar uma pausa no aperto monetário, devido aos aumentos de juros e os efeitos do crédito bancário. O mercado também tinha expectativa que a instituição mantivesse o referencial.
Em um comunicado oficial, o Fed disse que: “Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica segue crescendo em ritmo modesto. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada”.
O Fed aplicou nos últimos doze meses altas sucessivas na taxa básica de juros em combate à alta da inflação nos EUA, já que um aperto monetário poderia ajudar o país a dificultar o acesso ao crédito, gerando uma queda nos preços.
A instituição havia comunicado que seu objetivo é que a política monetária reduz a inflação à casa dos 2%, entretanto, esta marca não é atingida desde fevereiro de 2021, no qual chegou a registrar cerca de 1,7% no acumulado em 12 meses, resultando nas últimas altas na inflação, atualmente a inflação está na casa dos 5%.
“O Comitê levará em conta o acumulado do aperto da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e inflação além da evolução econômica e financeira”, destaca o Fed em comunicado oficial.
Bolsas de Valores
Antes da decisão do Fed sobre a nova taxa de juros dos EUA, as bolsas de valores operavam em alta na Europa.
O índice pan-europeu Stoxx 600 teve um aumento de 0,36%, a 464,94 pontos, já em Frankfurt, o DAX registrou ganhos de 0,49%, no total de 16.310,79 pontos.
Em Londres, o FTSE 100 teve alta de 0,10%, cerca de 7.602,74 pontos, enquanto em Paris o CAC 40 avançou 0,52%, a 7.328,53 pontos.
No Brasil, o Ibovespa operava em alta de 1,39%, no total de 118.367 pontos nesta manhã, após a decisão do Fed em parar a alta na taxa de juros, o índice brasieliro perdeu cerca de 117 mil pontos. Já o dólar comercial teve queda de 0,37%, registrando cerca de R$ 4,844 na compra e R$ 4,845 na venda.
Nos Estados Unidos, os índices não começaram o dia com grandes ganhos e após a decisão do Fed a Bolsa de New York continua em queda. O Dow Jones teve queda de 0,49%, em 34.044,70 pontos. Já o S&P recuando em 0,06%, no total de 4.366,29 pontos e o Nasdaq Composite diminuiu em 0,02%, cerca de 13.570,56.
Na reunião do Fed de ontem, o CPI teve uma desaceleração de 4,9% para 4,0% na leitura acumulada em 12 meses, já o núcleo da inflação registrou uma variação de 0,4% no mês, diminuído apenas 5,5% para 5,3% em 12 meses.
Após as decisões divulgadas pelo Fed, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), disse que suas projeções para o índice é que até o fim deste ano o juros termine em uma faixa de 5,6%. Para o final de 2024, as estimativas do órgão são de 4,6% e para 2025 de 3,4%.