Fed pode, possivelmente, elevar mais os juros e em um ritmo mais rápido, diz Powell – ESTOA

Fed pode, possivelmente, elevar mais os juros e em um ritmo mais rápido, diz Powell

As falas atingiram o mercado financeiro


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Nesta terça-feira (7) iniciaram-se os discursos do presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell, no Congresso norte-americano.

Em suas falas, Powell confirmou a possibilidade de o Fed ter de elevar mais a taxa de juros e de forma mais rápida em resposta ao desempenho econômico do país.

Por sí sós, as afirmações foram suficientes para que a performance do mercado financeiro durante o pregão do dia de hoje fosse extremamente afetada.

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Discurso de Powell

As falas ditas por Powell nesta terça foram os primeiros comentários desde que os dados apresentados anteriormente demonstraram uma alta no nível de inflação durante o mês de janeiro deste ano.

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Na época, o nível inflacionário reverteu o movimento de deflação apresentado em dezembro deste ano.

Dessa maneira, citando que os dados econômicos chegaram “mais fortes do que o esperado”, o presidente da autoridade monetária norte-americana afirmou que “o nível final dos juros deve ser mais alto do que o previsto”.

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Apesar disso, na época, a economia dos Estados Unidos havia apresentado uma abertura sólida de postos de trabalho.

Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Sobre os números apresentados em janeiro, Powell afirmou que os dados poderiam ser resultado de um clima “incrivelmente quente”.

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No entanto, é claro para o líder do Fed que o combate à inflação dos Estados Unidos ainda não acabou.

“Nós percorremos um longo caminho, e os efeitos completos do aperto monetário até então ainda serão sentidos. Ainda assim, nós temos mais trabalho a fazer”.

Atualmente, apenas os setores mais sensíveis da economia do país vêm sentindo os impactos causados pelo aperto monetário causado pela alta na taxa de juros, de acordo com Powell.

Nesta terça, Powell discursou no Comitê de Assuntos Bancários Habitacionais e Urbanos, do Senado dos Estados Unidos. Amanhã (8), o presidente do Federal Reserve deve falar no Comitê de Serviços Financeiros.

A próxima reunião da autoridade monetária norte-americana para definir a direção da taxa de juros deve ocorrer entre os dias 21 e 22 de março. Na próxima sexta-feira (10), um relatório de empregos mensal do governo deve ser divulgado.

Sede do Federal Reserve/Foto: Reprodução

O último encontro foi responsável por estabelecer o custo dos empréstimos no intervalo entre 4,5% e 4,75%. Na época, o Comitê de Política Monetária (FOMC), encarregado da decisão, optou por aumentar a taxa de juros em 0,25%.

Bolsas caem

O discurso do líder do Banco Central dos Estados Unidos foi suficiente para fazer com que o mercado financeiro do mundo todo reagisse negativamente.

Nos EUA, o índice Dow Jones, um dos mais antigos do mercado de ativos norte-americano, de desvalorizou, somando por volta das 15:45 horas (horário de Brasília) uma queda de 1,57%, aos 32.904 pontos.


Já o S&P 500, que compila os ativos das quinhentas maiores empresas listadas nas bolsas dos EUA, caiu em 1,49% por volta das 15:50 horas (horário de Brasília), com uma pontuação de 3.988.

Por fim, o Nasdaq Composite somou também às 15:50 horas (horário de Brasília) uma desvalorização de 1,13%, aos 132 mil.

As falas do presidente do Federal Reserve também repercutiram no mercado do Brasil, fazendo com que o Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, somasse uma queda de 0,94% por volta das 15:35 horas (horário de Brasília), atingidos os 103,7 mil pontos.

Na Europa, os mercados acionários também fecharam com desempenho negativo. Os discursos fizeram com que as bolsas revertessem os ganhos, somando desvalorizações.

Em Londres, o FTSE 100 chegou ao fim do pregão com uma queda de 0,13%, com uma pontuação de 7,9 mil. Já em Madri, o Ibex 35 acumulou uma baixa de 1,05%, aos 9,4 mil pontos.