FMI aponta crescimento da economia brasileira em 0,9% para 2023 – ESTOA

FMI aponta crescimento da economia brasileira em 0,9% para 2023

A projeção da economia brasileira feita pela instituição está abaixo do que as estimativas ao redor do mundo


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Nesta terça-feira (11), o Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgou sua projeção para o crescimento da economia mundial para 2023. 

Ontem (10), o Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC), havia estimado um crescimento em 0,91% para este no país. 

Projeções da economia

De acordo com uma pesquisa feita pelo Panorama Econômico Global (World Economic Outlook), o relatório oficial do FMI, o Produto Interno Bruto (PIB) deve avançar cerca de 0,9% neste ano no Brasil. No entanto, no mês de janeiro, a projeção era de que o PIB alcançasse 1,2%, para 2024 era de 1,5%.

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A projeção da economia brasileira feita pelo FMI está abaixo das estimativas ao redor do mundo, entretanto, o Fundo ainda prevê uma boa porcentagem para a economia global em 2023, que em janeiro estava em 2,9%. 

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Já para a América Latina e o Caribe, a economia deve avançar em 1,6%. Os países  da América do Sul devem se expandir, em média, em 1%.

Em um bloco dos países emergentes, no qual o Brasil também faz parte, a média de crescimento apontada pelo PMI é de 3,9% para 2023, já para 2024 é de 4,2%. 

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Neste mesmo grupo está a China que, segundo o Fundo, pode avançar cerca de 5,2% em 2023; a Índia com 5,9%; a Rússia com 0,7%; e por fim, o México, que pode ter um aumento de 1,8% no PIB.

A projeção da economia brasileira feita pelo FMI, está abaixo do que as estimativas ao redor do mundo/Foto: Reprodução

Setor Financeiro

O FMI aponta que suas expectativas são de que, por mais que haja um avanço em algumas economias, é necessário que todas tenham uma desaceleração pronunciada, para que assim a  previsão de crescimento passe de 2,7%  em 2022 para 1,3% em 2023. 

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A instituição disse que é possível que as estimativas piorem em um cenário alternativo, o que pode ser considerado plausível, gerado pelos conflitos no setor financeiro, portanto, a expansão do produto nessas nações em que a economia possui uma boa estimativa deve ser de até 1%.  

“Embora a inflação tenha diminuído à medida que os bancos centrais aumentaram as taxas de juros e os preços dos alimentos e da energia caíram, as pressões de preços subjacentes estão se mostrando difíceis, com os mercados de trabalho apertados em várias economias”, diz o relatório .

No relatório são mencionadas as dificuldades que o setor bancário tem passado recentemente, como nos casos da venda do Credit Suisse e Silicon Valley Bank, assim como também outros acontecimentos que podem ter influenciado na projeção da economia mundial. 

“Os níveis de dívida permanecem altos, limitando a capacidade dos formuladores de políticas fiscais de responder a novos desafios. Os preços das commodities, que subiram acentuadamente após a invasão da Ucrânia pela Rússia, diminuíram, mas a guerra continua e as tensões geopolíticas são altas”, aponta o relatório do FMI.

No relatório é mencionado as dificuldades que o setor bancário tem passado recentemente/Foto: Reprodução

Economistas do FMI

De acordo com alguns economistas do FMI: “a economia mundial volta a viver um momento de grande incerteza, com os efeitos cumulativos dos últimos três anos de choques adversos – principalmente a pandemia de covid-19 e a invasão da Ucrânia pela Rússia – manifestando-se de maneiras imprevistas”.

O relatório divulgado pelo FMI, com o subtítulo de “Uma recuperação difícil”, aponta que: “Estimulada pela demanda reprimida, interrupções persistentes na oferta e picos nos preços das commodities, a inflação atingiu máximas de várias décadas no ano passado em muitas economias”.

“(…) levando os bancos centrais a apertar agressivamente para trazê-la de volta às suas metas e manter as expectativas de inflação ancoradas”, afirma o relatório.


No relatório, o FMI aponta que o início deste ano apresentava sinais de que a economia mundial “poderia alcançar uma aterrissagem suave, com a inflação caindo e o crescimento estável”.

O relatório também menciona a Pandemia de Covid-19, que afetou boa parte da economia global nos últimos anos: “as economias que foram duramente atingidas – principalmente a China – parecem estar se recuperando, diminuindo as interrupções na cadeia de suprimentos.

No entanto, o relatório afirma que não há chances de que a economia mundial volte no médio prazo às taxas de crescimentos como antes da pandemia.