Greve dos aeronautas se encerra após aprovação da proposta patronal – ESTOA

Greve dos aeronautas se encerra após aprovação da proposta patronal

A votação foi encerrada no Domingo (25), às 12:00 (horário de Brasília) com 70% de aprovação dos pilotos


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No último domingo (25), os pilotos e comissários, encerraram a votação sobre a proposta patronal, no Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA).

No total foram 70,11% votos a favor da proposta patronal, o equivalente a 5834, enquanto cerca de 27,8% foram contrários à mudança.

Greve dos Aeronautas 

Na última segunda-feira (19), os pilotos e comissários realizaram uma greve das 6:00 às 8:00 horas (horário de Brasília), em aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza. 

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No mesmo dia, alguns voos foram cancelados, assim como também haviam sido atrasados devido à paralisação, que tinha como objetivo demonstrar a discordância dos funcionários sobre a proposta de retorno ao trabalho.

O Sindicato dos Aeronautas reivindicou a recomposição das perdas inflacionárias salariais, além do ganho real. O Sindicato disse que: “tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas”.

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De acordo com o Sindicatos dos Aeronautas, os funcionários também pediram melhorias nas condições de trabalho para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, com definição dos horários de início de folgas, assim como também a proibição de alterações nas férias, além do cumprimento dos limites já existente do tempo entre etapas de voos. 


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Em uma nota, a companhia aérea brasileira Latam disse que estava em negociação com o Sindicato Nacional dos Aeronautas desde o início de setembro de 2022, com o objetivo de negociar sobre a construção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). 

Além dos reajustes propostos pelos trabalhadores nas manifestações, o SNEA disse que os preços das passagens foram alterados nos últimos anos devido à pandemia, os conflitos na Europa, a desvalorização do real frente ao dólar, assim como também o aumento do petróleo. 

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De acordo com o SNEA, o querosene de aviação (QAV) aumentou no total de 118% em comparação ao ano de 2019. Em 2022, o QAV representa cerca de 50%  dos custos nas companhias, no qual apresenta uma parcela de 60% em dólares. 

O SNEA disse que: “Desde a primeira reunião de negociação, o SNEA assegurou todos os direitos da Convenção Coletiva e ao longo do processo negocial, se mostrou aberto ao diálogo sempre com respeito aos profissionais que fazem parte do setor aéreo”.

O Sindicato também aponta que desde que a proposta foi conferida e reprovada, o SNA não apresentou nenhuma outra solução ou mudança para as condições exigidas pelos trabalhadores. 

“O SNEA acredita que as categorias profissionais podem defender seus interesses por todos os meios legítimos, desde que esgotada a via negocial e observada a legalidade”, finaliza o Sindicato.

Aeronautas pedem melhorias nas condições de trabalho para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho Créditos: Reprodução

Nova proposta patronal 

A nova proposta manteve o reajuste de INPC com mais de 1%, totalizando cerca de 6,97% da proposta anterior, entretanto, houve alguns pontos sociais que foram reajustados, como a multa para o não cumpriemito dos horários de escala e liberdade para que as folgas dos aeronautas sejam iniciadas aos finais de semana.  

Na última sexta-feira (23), a greve ocorreu normalmente. Entretanto, no sábado (24), foi suspensa para que os pilotos e comissários pudessem analisar a nova proposta enviada, que previa um reajuste de 6,97% nos salários fixos e variáveis, assim como também na definição do horário de índio das folgas e indenização por decumprimento por parte das empresa. 


A votação foi encerrada no último domingo (25), às 12:00 horas (horário de Brasília). O  diretor do SNEA, Carlos Eduardo Monteiro, disse à Reuters após o resultado da votação: “A categoria merece e necessita mais do que foi o acordo, mas decidiu dar um passo atrás para se manter forte nas demandas. Achamos que, pelo sacrifício feito pela categoria em três anos de pandemia, as empresas podiam mais”.

De acordo com dados divulgados pelo GRU Airport, em São Paulo, apenas um voo foi cancelado e 35 sofreram atrasos durante a greve dos aeronautas, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. 

Já os dados da Infraero apontam que, no início da greve houveram 407 atrasos e 154 cancelamentos em Congonhas, 362 atrasos e 165 cancelamentos em Santos Dumont.