IBGE divulga IPCA de maio, que registra desaceleração
Os grupos de alimentos e bebidas e de combustíveis ganham destaque influenciando o resultado do índice de inflação
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje, quarta-feira (7), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou uma desaceleração entre os meses de abril e maio.
O analista do Sistema de Índice de Preços do IBGE, André Almeida aponta que o aumento de preços dos alimentos nos respectivos meses foi responsável pela desaceleração da inflação.
IPCA
O IPCA fechou em 0,23% no mês de maio com um acumulado de 3,94% em 12 meses, representando uma desaceleração do índice. Já no mês de abril, o medidor registrou um número abaixo das estimativas do mercado, ficando em 0,61%.
De acordo com a pesquisa realizada pelo IBGE, cerca de sete grupos que compõem o IPCA tiveram uma variação positiva entre abril e maio, com uma das maiores altas no grupo de Saúde e cuidados pessoais, que teve alta de 0,93%.
O Instituto também destaca que o grupo de Saúde e cuidados pessoais continua impactando o reajuste de medicamentos autorizado pelo regulador há dois meses, assim como o aumento nos planos de saúde, que teve alta de 1,2% no mês de maio.
Os itens de higiene pessoal, avançaram dentro do grupo de Saúde e cuidados pessoais, com os perfumes em alta de 3,56% e os produtos farmacêuticos com 0,89%.
Grupos e suas variantes
- Índice Geral: 0,23%;
- Saúde e cuidados pessoais: 0,93%;
- Habitação: 0,67%;
- Despesas pessoais: 0,64%;
- Vestuário: 0,47%;
- Comunicação: 0,21%;
- Alimentação e bebidas: 0,16%;
- Educação: 0,05%;
- Artigos de residência: -0,23%;
- Transportes: -0,57%.
Combustíveis
O preços dos combustíveis também ganhou destaque na divulgação dos dados do IPCA como um dos responsáveis pela desaceleração do índice, que diminuiu cerca de 1,8% em maio com as quedas em diesel e gasolina.
O grupo de transportes teve uma de suas maiores quedas no IPCA, registrando apenas -0,12 pontos porcentuais (p.p).
Os combustíveis tiveram queda de 1,82% em maio, entretanto, o etanol ainda registra uma das maiores altas dentro do grupo, já que os demais tipos de combustíveis recuaram, após o corte nos preços da Petrobras, que foi divulgado pela estatal em 16 de maio de 2023.
A gasolina teve queda de 1,93%, já o óleo caiu cerca de 5,96%, a gasolina teve queda de 1,93%, enquanto o gás veicular diminuiu 1,01%. No mesmo grupo as passagens aéreas registraram uma forte baixa de 17,73%.
Alimentação e bebidas
Já o grupo de alimentação e bebidas, registrou uma alta de 0,71% no mês de abril, após uma elevação de 0,16% no mês de maio, no qual contribuiu cerca de 0,04 ponto porcentual para a taxa de 0,23% do índice no mês de maio.
A alimentação em domicílio teve aumento de 0,73% em abril, entretanto, registra estabilidade de 0,00% no mês de maio. No preço do tomate houve alta de 6,65%, no leite longa vida de 2,37% e no pão francês de 1,40%.
No entanto, as frutas tiveram queda de -3,48%, o óleo de soja de -7,11% e as carnes de -0,74%. No mês de maio a alimentação em domicílio subiu em 0,58%, o lanche fora de casa teve aumento de 0,71%, enquanto a refeição registrou 0,47% no IPCA, sendo assim ficou mais cara do que comparado a dados anteriores desta categoria.
André Almeida disse que o grupo de alimentação e bebidas, assim como também o de combustíveis acabam influenciando em peso os resultados do IPCA: “Esses dois grupos de maior peso na cesta de produtos e serviços consumidos pelas famílias foram responsáveis pela desaceleração do índice”.