IBGE informa prévia da inflação oficial do país em 0,57% – ESTOA

IBGE informa prévia da inflação oficial do país em 0,57%

De acordo com o instituto a porcentagem do índice foi pressionada pela gasolina


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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (26), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado como uma prévia da inflação oficial do país. 

Em comparação com o mês de março, o acumulado desacelerou, portanto, ficando em 0,57% neste mês. 


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IPCA – 15

A pesquisa feita pelo IBGE mostra que o índice acumulou cerca de 4,16% em 12 meses, sendo a primeira vez que o indicador fica abaixo dos 5% desde fevereiro de 2021. Também houve uma redução dos 5,36% anotados no mês anterior. 

O resultado da pesquisa fica abaixo das expectativas do mercado financeiro. De acordo com os analistas da Reuters, as estimativas eram que o índice ficasse registrado uma alta de 0,61% no mês de abril e que o acumulado de 12 meses fosse de 4,20%. 

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Em um resultado anual o intervalo de metas de inflação do país, ficou em 3,25%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. O resultado das pesquisas feitas do IPCA-15 também ajudam o Banco Central do Brasil (BC), a ter uma referência para definir a taxa básica de juros do país (Selic).

Outra estimativa feita pelos economistas é que há chance de ter uma retomada da inflação no segundo trimestre deste ano, assim como também o Boletim Focus desta semana, que apontou uma estimativa de inflação para o ano de 2023 em 6,04%.

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A pesquisa feita pelo IBGE mostra que o índice acumulou cerca de 4,16% em 12 meses /Foto: Roberto Custódio 

Pesquisa IBGE 

Outros grupos que fazem parte da pesquisa do IBGE também tiveram alta no mês de abril, isso porque houve uma grande variação no grupo de transportes, devido ao aumento nos preços da gasolina, após a reoneração dos impostos federais nos combustíveis desde o mês de março. 

O grupo de alimentação e bebida teve alta de 0,04%. Em habitação foi de 0,48%, já em artigos de residência foi de 0,07%, em vestuário de 0,39%, transportes em 1,44%. 

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No grupo de saúde e cuidados pessoais ficou em alta de 1,04%, enquanto em despesas pessoais foi de 0,28%. Na educação teve aumento de 0,11%, assim como no grupo de comunicação que foi de 0,06%.

Desaceleração 

De acordo com o IBGE, os efeitos da desaceleração do índice neste mês vem da redução de preços do grupo de alimentação e bebidas, comunicação e habitação. 

No grupo de alimentação e bebidas, a alimentação em domicílio teve queda de 0,15%, assim como alimentação fora de casa que teve desaceleração de 0,68% para  0,55%.

Outro grupo que obteve resultados abaixo das expectativas foi o de Saúde e cuidados pessoais, que teve pressão dos produtos farmacêuticos em 1,86%, após um reajuste de 5,60% em medicamentos no mês de março. 


“Os itens de higiene pessoal tiveram desaceleração de 2,36% em março para 0,35% no IPCA-15 de abril, influenciados, principalmente, pelos perfumes (-1,99%). Além disso, o item plano de saúde (1,20%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023”, aponta o IBGE.

Um dos destaques na pesquisa do IBGE é o preço dos combustíveis/Foto: Bigstock

Combustíveis

Um dos destaques na pesquisa do IBGE, é o preço dos combustíveis, já que o valor da gasolina tem gerado efeitos sobre os resultados de inflação em função da reoneração feita pelo Governo Federal em fevereiro deste ano. 

Os impostos federais foram retirados da cobrança pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com o objetivo de diminuir a inflação no período eleitoral. No entanto, com o novo governo do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a proposta é renovar  a desoneração em dois meses. 

Dessa forma, a gasolina passou a ter uma incidência de R$ 0,47 por litro, com o etanol sendo reonerado em R$ 0,02 por litro. No mês de abril, a gasolina chegou a uma alta de 3,47%, com uma desaceleração em comparação com o mês anterior, no qual os combustíveis tiveram aumento de 5,76%.