Ibovespa conquista alta com influência de NY e China – ESTOA

Ibovespa conquista alta com influência de NY e China


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O Ibovespa começou a semana em alta, seguindo o bom humor internacional, principalmente das bolsas americanas, após as recentes perdas, com, inclusive, o índice S&P 500 chegando a operar com queda por sete semanas seguidas, o que não se via há anos.

“Deve ser um dia em que investidores irão às compras, fala-se em oportunidades de preços. Aqui, a alta já tinha começado na quinta”, diz Pedro Paulo Silveira, gestor da Nova Futura. Contudo, afirma ver com cautela esses movimentos de antecipação de melhora.

Às 11h15, o Ibovespa subia 0,72%, aos 109.270,83 pontos, após avançar 1,15% (109.732,82 pontos, máxima diária).

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Nova ajuda do governo chinês

O alívio das medidas de restrição contra a covid-19 em Xangai gera expectativa de aumento da demanda, bem como a nova ajuda do governo chinês para estimular a economia. Além das bolsas, o minério reagiu em alta de 0,80% no porto chinês de Qingdao. Após subir, o petróleo passou a ter instabilidade. Ainda assim, as ações da Petrobras sobem desde cedo.

“Há muitos desafios pela frente. O primeiro deles é a China conter a covid-19 e depois ver como tudo isso se refletirá sobre o PIB, que movimenta o mundo. Ainda tem os efeitos deletério da inflação mundial”, avalia Silveira. “As condições objetivas que levem uma tendência positiva ainda não estão disponíveis.

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Quando surge algum indicador (ou notícia) que agrada, refresca o mercado, mas o comportamento dos preços das commodities ainda sugere pressão inflacionária elevada”, completa o gestor da Nova Futura.

Valorização do Ibovespa

Para Felipe Moura, analista de investimentos da Finacap, após o índice S&P 500 entrar em parte do pregão de sexta-feira no chamado “bear market”, caracterizado por queda de 20% em comparação com o pico mais recente, de 4 de janeiro, a alta parece ser mais um ajuste técnico. Contudo, admite que as notícias da China dão suporte à valorização principalmente do Ibovespa.

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“Tem boas perspectivas de reabertura em junho em Xangai. Assim que anunciaram a data, a cotação do minério de ferro já foi favorecida”, afirma Felipe Moura, analista de investimentos da Finacap.


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Além da reabertura de alguns pontos em Xangai, que tende a estimular o consumo, também alivia a informação de que os Estados Unidos podem retirar tarifas sobre produtos chineses. Há relatos ainda de que o governo chinês fornecerá abatimentos de créditos fiscais a mais setores e elevará os cortes de impostos anuais em mais de 140 bilhões de yuans, a 2,64 trilhões de yuans, completou o gabinete.

A China ainda vai reduzir o imposto de compra de alguns carros de passageiros em 60 bilhões de yuans, segundo a mídia estatal. Neste cenário, o dólar à vista cai para a faixa de R$ 4,8030, em queda de 1,47%, o que é monitorado principalmente por exportadores.

Reajuste dos servidores

Os investidores ainda acompanham o impasse em relação ao reajuste dos servidores e o debate sobre a cobrança do ICMS dos combustíveis, esperada para ser votada amanhã. O presidente Jair Bolsonaro e o advogado-geral da União, Bruno Bianco, apresentaram petição ao STF para tentar fazer valer a proposta apresentada a Confaz que altera a regulamentação do ICMS único do diesel.

Segundo Luiz Roberto Monteiro, da Renascença, uma eventual aprovação do projeto pode ser comemorada pelo mercado, dado que tende a gerar alívio inflacionário. O projeto de lei complementar da Câmara que estabelece um teto de 17% para o ICMS sobre energia elétrica e combustíveis teria o potencial de aliviar a inflação de 2022 em até 1,2 ponto porcentual, conforme especialistas ouvidos pelo Broadcast.


Além disso, Moura, da Finacap, vê com bons olhos a nova redução da TEC, a ser anunciada hoje. A equipe econômica detalhará a nova etapa de diminuição de 10% para 85% dos produtos que circulam pelo Mercosul – no ano passado, os tributos sobre esses itens já tinham sido baixados em 10%. “É uma agenda que deve ser bem recebida pelo mercado.”

Entretanto, o profissional da Finacap alerta para a agenda da semana. “Há alguns dados e divulgações esta semana, como a minuta ata do Fed. O mercado está muito à deriva, à espera de um sinal do Fed, se será uma nova alt de 0,50 ponto ou de 0,75 ponto porcentual do juro no próximo encontro”, diz.

*Com Estadão Conteúdo.