Incorporadoras chinesas seguem os passos da Evergrande e ameaçam dar calote
A crise no mercado imobiliário chinês vem trazendo preocupações para os investidores e também para o governo do país. No dia 14 de setembro deste ano, a Evergrande, que é a segunda maior imobiliária da China e está à beira da falência, revelou em relatórios que pode não conseguir pagar suas dívidas. A possibilidade afetou os mercados do mundo todo, afinal pode ocasionar em um calote de mais de US$300 bilhões.
No final do mês de setembro, a Evergrande anunciou um pequeno acordo com um credor local, que evitou o calote dos juros de um título, e mesmo que o acordo não seja sobre a dívida acumulada, ele aliviou a tensão na economia global.
Além disso, o diretor de pesquisa macroeconômica do Banco Asiático de Desenvolvimento, Abdul Abiad, afirmou que “as reservas de capital do sistema bancário da China são suficientemente fortes para absorver um impacto, inclusive do tamanho da Evergrande, caso isso aconteça”.
Mesmo com o otimismo de alguns especialistas do mercado, a crise vem se espalhando em outras incorporadoras, como é o caso da Sinic.
No último dia 12, a empresa anunciou em um relatório que não tem recursos para pagar uma dívida de US$250 milhões e tem prazo de validade no dia 18 de outubro. Não é a primeira vez que essa situação acontece com esta incorporadora. Em setembro, ela já havia deixado de honrar com alguns compromissos e como consequência teve uma queda de 87% nos papéis negociados na Bolsa de Xangai (SSEC).
Outra empresa que está passando por dificuldades neste período de crise financeira no setor imobiliário chinês é a Modern Land. Ao longo de 2021, as ações da empresa na bolsa de valores já caíram mais de 40% e nesta segunda (11), pediu permissão para pagar os bonds que têm vencimento no dia 25 de outubro com três meses de atraso.
A crise financeira na China não é apenas preocupação do governo do país. As principais nações econômicas ao redor do globo estão de olho nos próximos passos dessas imobiliárias e também em quais serão as consequências de gigantes empresas quebrarem para a economia mundial.