Índice Bovespa atinge pior cotação em 2021; entenda os motivos – ESTOA

Índice Bovespa atinge pior cotação em 2021; entenda os motivos

O Ibovespa caiu 2,09% e chegou a 103.412 pontos, impulsionada pela possibilidade do furo do teto de gastos


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Nesta quinta-feira (04), o Ibovespa, que é o principal índice de ações da bolsa de valores brasileira (B3), fechou em forte baixa. Ele atingiu 103.412 pontos, sua pior pontuação desde 12 de novembro de 2020, quando chegou a 102.507 pontos. 

Este resultado reflete o cenário de incerteza vivido pelo Governo Federal em relação a possível manobra do teto de gastos com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos precatórios, que servirá para bancar o programa social Auxílio Brasil.

Outro fator que levou à queda do índice foram os resultados corporativos de empresas listadas na bolsa, como é o caso do Itaú Unibanco, Rede D’Or e Ultrapar.

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Com isso, as ações dos bancos também tiveram forte queda, com Itaú recuando mais de 5%, enquanto Bradesco perdia mais de 6% e Banco do Brasil, 2,5%.

Gráfico de cotações do Ibovespa de dezembro de 2020 até novembro de 2021/Fonte: B3

Motivos

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Um dos pilares da crise entre o Governo Federal e o mercado financeiro, o texto-base da  PEC dos precatórios foi aprovado em primeiro turno na madrugada desta quinta-feira pela Câmara dos Deputados. 

Apesar desta vitória apertada com 312 votos a favor, os parlamentares ainda precisam votar os destaques do texto e o segundo turno. 

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A possível aprovação da PEC viabiliza o pagamento do Auxilio Brasil, programa que vai substituir o Bolsa Família, sem furar o teto de gastos. 

O objetivo da PEC é adiar o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça), a fim de viabilizar a concessão de pelo menos R$400 mensais aos beneficiários do novo programa.

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Ainda que o cenário seja de aprovação no primeiro turno, o risco de desaprovação ainda assombra a base do governo. Isso se deve aos votos recebidos por parlamentares da oposição que podem fazer a diferença no segundo turno da votação.

Imagem: Unsplash

Exterior

Mesmo com cenário interno complicado, a situação pode melhorar por conta das perspectivas do exterior. Isso porque juros estáveis nos EUA e em trajetória de alta no

Brasil, a perspectiva de abertura adicional dos diferenciais de juros favorece uma valorização da moeda brasileira, à medida que estimula o fluxo de dólares de investidores estrangeiros para o Brasil.

A decisão do Federal Reserve (FED) que mais impactou no preço do dólar foi a decisão de reduzir o programa de estímulo à economia por compra de títulos, esta redução terá impacto de US$15 bilhões de gastos com os títulos.