Indústria opera 3,5% abaixo do nível de fevereiro de 2020
Com a piora registrada na produção em janeiro, a indústria brasileira passou a operar 3,5% aquém do patamar de fevereiro de 2020: apenas 8 das 26 atividades investigadas se mantêm operando em nível superior ao pré-crise sanitária.
Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 9.
Níveis de operação da indústria em 2022
Em janeiro de 2022, os níveis mais elevados em relação ao patamar de fevereiro de 2020 foram os registrados pelas atividades de produtos de madeira (13,2%), impressão e reprodução de gravações (12,9%), máquinas e equipamentos (12,6%), minerais não metálicos (9,1%), derivados do petróleo e biocombustíveis (4,8%) e celulose e papel (2,7%).
No extremo oposto, os segmentos mais distantes do patamar de pré-pandemia são móveis (-23,9%), veículos automotores (-21,3%), farmoquímicos e farmacêuticos (-17,5%), outros equipamentos de transporte (-15,9%), couro e calçados (-13,3%), têxteis (-11,7%) e vestuário (-11,7%).
Entre as categorias de uso, a produção de bens de capital está 12,2% acima do nível de fevereiro de 2020, e a fabricação de bens intermediários está 1,8% abaixo do pré-covid.
Os bens duráveis estão 26,4% abaixo do pré-pandemia, e os bens semiduráveis e não duráveis estão 7,0% aquém do patamar de fevereiro de 2020.
Revisões
O IBGE revisou o resultado da produção industrial em outubro ante setembro, de -0,5% para -0,6%. A taxa de setembro ante agosto saiu de -0,6% para -0,5%, a de agosto ante julho passou de -0,2% para -0,5%, a de julho ante junho saiu de -1,6% para -1,5%.
O resultado dos bens de capital em dezembro ante novembro foi revisto de 4,4% para 5,4%. A taxa de novembro ante outubro saiu de -2,4% para -3,0%, enquanto a de outubro ante setembro passou de 2,2% para 1,6%.
Em bens intermediários, a taxa de dezembro ante novembro saiu de 1,2% para 1,4%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, a taxa de dezembro ante novembro passou de 6,9% para 7,5%.
*Com Estadão Conteúdo.