Inflação da zona euro recua para 9,2% em dezembro e segue em queda – ESTOA

Inflação da zona euro recua para 9,2% em dezembro e segue em queda

Dados preliminares da Eurostat apontam recuo pelo segundo mês consecutivo no acumulado de dezembro


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O índice anual de inflação da zona do euro apontou uma baixa de 9,2% em dezembro, segundo dados preliminares divulgados, nesta sexta-feira (6), pela Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia. Em novembro de 2022, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou uma queda de 10,1%, contra o acumulado de 10,6% em outubro.

Com o levantamento do último mês de 2022, é a segunda vez consecutiva que a agência apresentou um recuo.

No levantamento mensal, contudo, dezembro indicou uma alta de 0,3%.

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Grupos componentes

A desaceleração anual registrada em dezembro é apontada por uma variedade de fatores. No CPI do último mês de 2022 continua a predominância da energia, embora tenha se demonstrado em um ritmo de queda gradativa.

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O grupo de energia apresentou uma alta anual de 25,7% em dezembro de 2022, contra altas de 34,9% e 41,5%, respectivamente, no acumulado dos últimos 12 meses em novembro e outubro do mesmo ano.

Em contrapartida, todos os demais grupos do CPI registraram uma alta em relação ao mês prévio.

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Parlamento europeu/Foto: Thomas Niedermueller/ Getty Images

Após a energia, o grupo de comida, álcool e tabaco expressou um avanço de 13,6%, em novembro, para 13,8% no acumulado de dezembro. Em seguida, o grupo de bens industriais não energéticos apontou uma alta de 6,1% para 6,4%. E o grupo de serviços subiu 4,4%, contra 4,2% registrado em novembro. 

Desta forma, ao mesmo tempo que o grupo de maior impacto no índice inflacionário esteja freando, todos os demais grupos componentes do CPI manifestaram uma alta em comparação ao mês de novembro.

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Alta reduzida nos países

Apesar de dezembro continuar a alta do CPI, os dados informados pela Eurostat manifestam avanços reduzidos e controlados. Em outubro de 2022, o índice atingiu 10,6%, sendo o maior valor desde 1997, o primeiro ano do levantamento dos dados.

Entre os países da zona do euro, Portugal se manteve o país com as maiores taxas. O indicador de comparação entre os países apontou uma alta de 9,8% em dezembro, resultando que condiz com a inflação desacelerada. Em outubro, o indicador registrou alta de 10,6%, e 10,2% em novembro. 


Também ganharam destaque a Letônia, Lituânia e a Estônia, que continuaram mostrando altas de 20,7%, 20% e 17,5%, respectivamente. 

Já os países com os menores valores foram a Espanha (5,6%), Luxemburgo (6,2%) e a França (6,7%). 

Wall Street e bolsas europeias

Junto ao levantamento da Eurostat, a perspectiva da queda do desemprego nos Estados Unidos foi outro fator na alta das bolsas da Europa. 

Após a divulgação do relatório, os principais índices de Wall Street subiram nesta sexta-feira.

No horário de Brasília, às 13h29, o S&P 500 subiu 1,55%, a 3.867,26 pontos; Dow Jones avançou 1,58%, a 33.451,71 pontos; e o Nasdaq cresceu 1,42%, a 10.451,31 pontos.

Junto aos principais mercados europeus, que fecharam em suas máximas de sete meses. O índice pan-europeu STOXX 600 também apresentou uma alta de 1,16%, a 444,42 pontos; é o maior fechamento desde maio.

Pela primeira vez desde o início da Guerra na Ucrânia, o sentimento sobre a economia europeia é otimista. Porém, o grande destaque é a confiança no crescimento nos setores de venda de varejo. As ações de tecnologia, as mais influentes aos juros, fecharam com uma alta de 1,8%.

  • Em Londres, Financial Times, + 0,87%, a 7.699,49 pontos;
  • Em Frankfurt, DAX, + 1,20%, a 14.610,02 pontos;
  • Em Paris, CAC 40, + 1,47%, a 6.860,95 pontos;
  • Em Milão, Ftse/Mib, + 1,40%, a 25.180,35 pontos;
  • Em Madrid, Ibex 35, + 1,09%, a 8.701,10 pontos;
  • Em Lisboa, PSI 20, + 0,48%, a 5.909,35 pontos.