Inflação na zona do euro desacelera em fevereiro aos 8,5%; núcleo de preços sobe – ESTOA

Inflação na zona do euro desacelera em fevereiro aos 8,5%; núcleo de preços sobe

O movimento está dentro das expectativas do mercado


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De acordo com o relatório publicado pela Eurostat nesta sexta-feira (17), a agência de estatísticas da União Europeia, a inflação na zona do euro apresentou uma desaceleração, atingindo os 8,5% no mês de fevereiro deste ano.

Apesar de mostrar uma redução em relação ao patamar do primeiro mês de 2023, a taxa inflacionária do conjunto de países se mostrou acima do registrado no mesmo período do ano passado, de 5,9%.

Inflação na zona do euro

A taxa de inflação na zona do euro apresentou a quarta queda consecutiva, recuando em 0,1% no segundo mês do ano. Além disso, a inflação na base anual também recuou na mesma quantia em fevereiro, atingindo os 9,9%.

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As diminuições começaram logo após a economia do bloco europeu atingir a sua máxima histórica no mês de outubro do ano passado, quando o nível inflacionário se encontrava em 10,6%.

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Apesar da desaceleração apresentada pela Eurostat, o núcleo da inflação, que desconsidera o preço dos itens mais voláteis como energia e alimentos, dos 20 países que utilizam o Euro como moeda oficial avançou durante o período.

A alta foi pressionada pelo preço de alimentos/Foto: Reprodução

O indicador atingiu, desta forma, uma alta anual recorde para o mês de fevereiro, aos 5,6%. a quantia mostra um avanço em comparação ao valor indicado no primeiro mês deste ano, de 5,3%.

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O nível foi atingido após a inflação dos países que compõem a Zona do Euro apresentar uma variação positiva de 0,8% em fevereiro de 2023.

Segundo a agência de estatísticas da União Europeia, a alta do núcleo foi pressionada por conta de um aumento no custo dos serviços registrada durante o período.

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No relatório, é indicado que o desempenho foi puxado pela variação positiva dos preços de alimentação, álcool e tabaco (3,10%); serviços (2,02%); bens industriais não energéticos (1,74%); e energia (1,64%).

Além dos dados gerais, a Eurostat também divulgou as variações destaques para o segundo mês deste ano.


Com as variações, as taxas de inflação anuais mais baixas foram apresentadas por Luxemburgo, aos 4,8%. Logo em seguida, aparecem Bélgica (5,4%) e Espanha (6%).

As mais altas, por sua vez, foram apresentadas pela Hungria, que soma 25,8% de inflação. O país é, dessa maneira, seguido pela Letônia (20,1%) e a República Tcheca (18,4%).

Em fevereiro, ainda, a taxa de inflação anual apresentou quedas em 15 países integrantes do bloco econômico europeu. Além disso, em 2 outras nações, o nível manteve-se em estabilidade.

Apesar disso, em outras 10 economias integrantes, a taxa de inflação anual apresentou altas.

Inflação e taxa de juros 

Como parte das tentativas de frear a alta da inflação europeia, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu, na última quinta-feira (16), elevar a taxa básica de juros dos países em 0,5%.

Banco Central Europeu aumenta a taxa de juros em 0,5 p.p./Foto: Reprodução

Esta é a 6ª elevação consecutiva e, segundo o comunicado divulgado, a decisão está de acordo com o objetivo de atingir a meta de inflação oficial de 2%, que o Banco Central Europeu busca.

Apesar disso, de acordo com o boletim econômico mensal divulgado pela agência no último domingo (12), as taxas só devem desacelerar e atingir o objetivo do BCE no segundo semestre de 2025.

Para que ela seja atingida, a autoridade monetária do bloco econômico deu, ainda, indícios de que as elevações devam perdurar, em ritmo constante. Nele, o BCE diz que o custo dos empréstimos precisam subir “a níveis suficientemente restritivos para garantir o retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%”.