Inflação sobe em 0,53% em janeiro; alimentos pressionaram a alta – ESTOA

Inflação sobe em 0,53% em janeiro; alimentos pressionaram a alta

O índice inflacionário oficial apresentou desaceleração durante o mês


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Nesta quinta-feira (9), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), índice oficial da inflação no Brasil, apresentou alta de 0,53% no mês de janeiro.

Além de estar abaixo das expectativas do mercado financeiro, o avanço também representou uma desaceleração da inflação durante o primeiro mês do ano.

Inflação desacelera

O avanço divulgado pelo instituto foi menor do que o esperado pelo mercado. Suas projeções eram de que o indicador apresentasse uma alta de 0,57% durante o primeiro mês do governo Lula.

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Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

A expectativa foi constatada por um levantamento do Valor Data, que realizou uma mediana de 41 previsões informadas por instituições e consultorias pesquisadas pelo portal de dados do Valor Econômico.

Se comparado ao resultado medido no último mês de 2022, de 0,62%, a quantia apresenta uma desaceleração de 0,5%.

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O acumulado de 12 meses também ficou abaixo das projeções das instituições consultadas pelo Valor Data. o indicador soma, neste período, uma alta de 5,77%. Segundo seu levantamento, as previsões eram de que o medidor atingisse alta de 5,82% no mês de janeiro.


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O esperado era, ainda, maior do que o fechamento do indicador ao fim do ano passado, quando acumulou uma alta de 5,79%.

Comportamento dos grupos

A elevação da taxa foi pressionada, dentre os grupos pesquisados pelo IBGE, pelo grupo de alimentos. Dessa maneira, o setor de alimentação e bebidas acumulou um avanço de 0,59%.

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Assim, o percentual contribuiu em 0,13 p.p. no avanço do IPCA de janeiro.

Dentro da seção, um dos destaques é da alimentação no domicílio, que avançou em 0,60%, mas ficou abaixo do registrado no último resultado (0,71%).

Dentro do grupo, os preços da batata-inglesa, tomate, frutas e do arroz aumentaram em, respectivamente, 14,14%; 3,89%; 3,69%; e 3,13%.

Alimentos puxam alta do IPCA em janeiro/Foto: Reprodução

No entanto, ainda dentro do subgrupo, alguns componentes essenciais apresentaram reduções. Este foi o caso da cebola (-22,68%), frango em pedaços (-1,63%) e carnes (-0,47%).

Na seção de alimentação fora do domicílio, que apresentou avanço de 0,57%, a maior contribuição na alta do IPCA de janeiro foi a de lanche (1,04%), com uma influência de 0,02 p.p. na elevação do indicador.

Ainda dentro do subgrupo, o item refeição apresentou uma alta de 0,38%, quantidade superior ao registrado no mês de dezembro do ano passado.

Em segundo lugar, aparece a área de transportes que apresentou uma elevação de 0,55% durante o primeiro mês do ano. A quantia, por sua vez, pressionou o valor em 0,11 pontos percentuais.


A maior variação, no entanto, foi apresentada pelo grupo de Comunicação, que apresentou um avanço de 2,09% no mês. A quantia mostra uma aceleração ante o resultado apresentado no último mês de 2022.

Dentro do setor, a disparada foi pressionada pelos itens subitens de TV por assinatura, uma elevação de 11,78%, e de combo de telefonia, internet e TV por assinatura (3,24%).

Outro destaque é do grupo de Despesas Pessoais, que indicou uma variação positiva de 0,76%. O valor representa um avanço de 0,14% em relação aos 0,62% registrados no último mês de 2022.

Menores variações

O único grupo a apresentar variação negativa, no entanto, foi o de Vestuário, que registrou uma queda de 0,27% em janeiro. O setor de itens mostrou uma grande desaceleração, revertendo a alta apresentada em dezembro do ano passado.

Além disso, o grupo que registrou a menor variação positiva foi o de Saúde e cuidados pessoais, indicando uma alta de 0,16 p. p. durante o primeiro mês do ano.