Líderes dos BCs se reúnem em painel e discutem sobre metas de inflação – ESTOA

Líderes dos BCs se reúnem em painel e discutem sobre metas de inflação

A reunião ocorreu entre os dias 26 e 28 de junho com o BCE em destaque


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Nesta quarta-feira (28), os líderes dos Bancos Centrais dos Estados Unidos, Europa, Inglaterra e Japão participaram do último dia do painel em Sintra, Portugal, onde discutiram sobre as metas de inflação. 

Grande parte das instituições apontam que não há possibilidade de elevar suas metas inflacionárias no futuro. 


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Reunião entre BCs

O encontro anual entre os Bancos Centrais em Sintra reuniu hoje alguns líderes para discutir sobre seus próximos passos em relação às metas de inflação, política monetária e entre outro tipos de índices da economia.

BCE

No painel de hoje, a chefe da autoridade monetária da Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que não possui evidências suficientes sobre a estabilidade da inflação subjacente.  

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“Não estamos vendo evidências tangíveis suficientes do fato de que a inflação subjacente, particularmente os preços domésticos, está se estabilizando e caindo”, destaca Lagarde. 

A instituição disse que necessita que haja uma queda na inflação subjacente para que seja possível interromper os aumentos dos juros. 

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No entanto, Lagarde aponta que não há como alterar a meta de inflação em meio ao ciclo de alta de juros: “temos que ser resolutos, decididos e determinados em atingir a meta que estabelecemos e não debatê-la enquanto corremos essa corrida”. 

BoE

O presidente do Banco Central da Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, disse que a instituição tem trabalhado para fazer “o que for necessário” para que a inflação volte à meta estabelecida. 

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Bailey também afirma que não há necessidade em mudar a estabilidade de preços, assim como também ressalta que o BoE já havia previsto uma recessão. Entretanto, ele afirma que a economia do Reino Unido “tem demonstrado resiliência”.

Christine Lagarde disse que não possui evidências suficientes sobre a estabilidade da inflação subjacente/Foto: REUTERS/Vincent Kessler/File Photo

BoJ

Já o presidente do Banco Central do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, disse que o cenário da inflação japonesa apresenta sinais opostos dos outros bancos, já que os preços subiram acima da meta de 2% pela primeira vez em décadas.

Sendo assim, o presidente afirma que o banco central trabalha para ancorar a inflação e não reduzi-la. De acordo com Ueda, o BoJ pretende ver uma “alta consistente” nos preços, para assim realizar mudanças em sua política monetária relaxada atual. 

O presidente do BoJ disse que até o momento a economia do país “está indo muito bem” e que acredita que a economia japonesa possui chaves de se expandir acima de seu potencial “por algum tempo”.


Fed

Jerome Powell, presidente do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), disse que neste momento uma recessão no país não será necessária, por mais que ainda seja “certamente possível”. 

“O cenário menos improvável é que encontremos nosso caminho para um melhor equilíbrio sem uma crise realmente severa”, disse Powell.

Powell também disse que acredita em mais um aperto monetário nos EUA, já que ele avalia a política monetária do país como não restritiva o suficiente. 

“À medida que você se aproxima cada vez mais dos objetivos (…) Você se aproxima do ponto em que os riscos se tornam mais equilibrados”, afirma o presidente do Fed.   

O presidente do Fed também aponta que neste momento a instituição da intuição é analisar as decisões com mais cautela: “vamos tomar as decisões com um pouco mais de tempo entre elas”. 

Jerome Powell disse que neste momento uma recessão no país não será necessária/Foto: Reprodução

Sintra 

A reunião ocorreu entre os dias 26 e 28 de junho, com os chefes dos bancos centrais que apresentaram os choques de ofertas, política fiscal e balanços patrimoniais. 

O BCE foi o anfitrião e grande destaque devido a decisão sobre o aperto monetário na zona do euro que resultou em queda no crescimento econômico de seus 20 países membros, fazendo o bloco entrar em recessão técnica. 

Confira mais detalhes sobre a reunião em Sintra.