Mercado financeiro reduz projeção para inflação para 4,95% após aprovação da reforma tributária – ESTOA

Mercado financeiro reduz projeção para inflação para 4,95% após aprovação da reforma tributária

Informações da primeira edição do Boletim Focus após votação da pauta


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Segundo informações do Boletim Focus desta segunda-feira (10), publicado pelo Banco Central (BC) do Brasil, a projeção do mercado financeiro em relação à inflação ao fim deste ano caiu para 4,95%.

Esta é a primeira divulgação do relatório, que compila as perspectivas de economistas e instituições consultados, após a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 45/2019, também conhecida como o projeto da Reforma Tributária.


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Projeção para inflação cai

De acordo com o Boletim, a previsão para a inflação, medida oficialmente pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA), para o fim deste ano caiu de 4,98% para 4,95%, a oitava redução seguida no indicador.

Com isso, as apostas se aproximam cada vez mais da meta da inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,25% para este ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, considerada formalmente cumprida se chegar ao fim do ano entre 1,75% e 4,75%.

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Previsão para a inflação é reduzida/Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Para os próximos anos as expectativas se mantiveram inalteradas. Desta maneira, as instituições e analistas consultados pelo BC esperam que a inflação chegue aos 3,92% em 2024; 360% em 2025; e 3,50% em 2026.

A inflação do mês de junho deve ser publicada na próxima terça (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), por volta das 9 horas (horário de Brasília).

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As previsões para a Taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira, também continuaram as mesmas para a maior parte dos anos.

Dessa maneira, para 2023, é esperado que o medidor chegue aos 12,00% ao ano. Em 2024, a previsão é de que o indicador atinja os 9,50%. As expectativas para 2025 também foram mantidas aos 9,00%.

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A única alteração no componente nesta edição foi feita em relação ao ano de 2026, onde os analistas aumentaram a projeção de 8,63% para 8,75%.


Atualmente, o custo dos empréstimos se encontra em 13,75% a. a., resultado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, há cerca de duas semanas.

Na reunião, o braço da autoridade monetária optou por manter o indicador neste patamar pela quarta vez seguida neste ano. A próxima decisão deve ser tomada no dia 2/08.

PIB e Câmbio

Nesta edição, as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil se mantiveram as mesmas para os anos de 2023 e 2024, em, respectivamente, 2,19% e 1,28%.

Apesar disso, as outras projeções do componente tiveram alterações. Dessa maneira, para 2025, as expectativas do medidor caíram de 1,81% para 1,80%. Em 2026, a diminuição foi de 1,90% para 1,88%.

Ainda neste ano, as perspectivas para o real em relação ao dólar se mantiveram em R$ 5,00. No ano que vem, as projeções caíram de R$ 5,08 para R$ 5,06. Em 2025, também houveram quedas, de R$ 5,17 para R$ 5,15.

Para este ano, as previsões sobre o câmbio se mantiveram/Foto: Getty Images/iStockphoto

Para 2026, as expectativas se mantiveram as mesmas, com o mercado financeiro projetando uma cotação de R$ 5,20 ao fim do ano.

Reforma Tributária

Esta é a primeira edição após a aprovação em segundo turno da Reforma Tributária, na madrugada da última sexta-feira (7).  A votação se encerrou com 382 votos a favor no primeiro turno e 375 favoráveis a 113 contrários no segundo.

O projeto busca reformular a forma de cobrança de impostos. Clique aqui e saiba mais sobre o projeto.

Na próxima terça-feira (11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve se reunir com Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado Federal, para dar início às negociações do tema na casa. Até então o projeto ainda não possui nenhum relator.