Ministra da Agricultura quer exclusão de fertilizantes em sanções – ESTOA

Ministra da Agricultura quer exclusão de fertilizantes em sanções


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Em reunião com representantes das Nações Unidas e dos governos dos países americanos, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu na quarta-feira, 16, que os fertilizantes sejam excluídos do regime de sanções, a exemplo do que ocorre com os alimentos.

Em nota, ela disse que reprimir o comércio desses insumos afeta a produtividade do campo, reduz a disponibilidade de alimentos, reforça a tendência inflacionária das principais commodities e, como consequência, ameaça a segurança alimentar, especialmente dos países mais vulneráveis.

“Temos que encontrar meios de evitar que medidas destinadas a punir comportamentos específicos, aplicadas por um grupo de países, acabem por afetar as cadeias alimentares mundiais. Não podemos, sob o pretexto de pressionar pela solução de um problema, criar um ainda maior, com o agravamento da situação da fome que, segundo estimativas da FAO, afeta mais de 800 milhões de pessoas no mundo”, afirmou Tereza Cristina, que preside a Junta Interamericana de Agricultura (JIA).

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Ministra da agricultura apresentou outros projetos

Segundo o Ministério, o tema será encaminhado para a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas Para Alimentação e Agricultura (FAO). Ainda de acordo com a pasta, a ministra da agricultura apresentou outras ações para que, de forma coordenada, seja possível mitigar os impactos negativos da atual crise de preços dos insumos, em especial de fertilizantes.

“Além de intensificar a pesquisa científica em busca de inovações tecnológicas que permitam fortalecer a eficiência e a sustentabilidade da agropecuária, Tereza Cristina sugeriu aumentar o intercâmbio de informações sobre os mercados agrícolas globais, ampliando, por exemplo, o escopo do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas do G-20 (o AMIS) e incluir dados sobre fertilizantes, o que representaria importante contribuição para a transparência e estabilidade dos mercados”, disse a nota.

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No mesmo evento, dentro do tema fertilizantes, o secretário de Agricultura dos Estados Unidos da América, Tom Vilsack, defendeu esforços para a inovação, tecnologia e sustentabilidade para uma maior produção desse insumo.

Tom Vilsack fala sobre preço das commodities

“A invasão Russa está acelerando o aumento dos preços não só das commodities agrícolas como também de energia e metais o que impacta a segurança alimentar de países menos desenvolvidos. Por isso, é importante fazermos o que pudermos para estimular planos maiores para as plantações nos próximos meses. Precisamos de mercados transparentes e compensação de preços para produzir. Isso é vital para reforçar os suprimentos, enviando um a mensagem para os produtores plantarem mais e mantendo o comércio global eficaz”, pontuou.

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O encontro, realizado de forma virtual, também debateu as preocupações com a segurança alimentar diante do desafio de uma nova agenda global em agricultura.

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Tereza Cristina, ministra da agricultura no Brasil, disse que enquanto maior região exportadora líquida de alimentos, as Américas podem capitanear respostas coletivas e coordenadas a esses desafios.

*Com Estadão Conteúdo.