Moody’s: petróleo mais caro reflete tensões geopolíticas e, sobretudo, falta de investimento – ESTOA

Moody’s: petróleo mais caro reflete tensões geopolíticas e, sobretudo, falta de investimento


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A Moody’s avalia que o avanço recente dos preços do petróleo é fruto do aumento de riscos geopolíticos, mas também da falta de investimentos na produção da commodity. Em relatório, a agência diz que os preços do barril aumentaram cerca de 20% desde o início do ano, superando US$ 90, o que indica alta volatilidade em um mercado “apertado”, com crescente demanda, incerteza sobre oferta adicional e capacidade de produção ociosa limitada.

Para a Moody’s, a “persistente” falta de investimento na produção contém a oferta e é o principal fator a elevar os preços. Na frente geopolítica, ela diz que uma escalada nas tensões do Oriente Médio ou na fronteira entre Rússia e Ucrânia deve impulsionar os prêmios de risco dos preços ainda mais.

A Moody’s afirma que sua faixa de preço prevista do petróleo para o médio prazo é de US$ 50 a US$ 70. Ela espera que os preços mostrem volatilidade, enquanto o mercado se reequilibra, e diz que os dados da indústria sugerem uma recuperação gradual no investimento de capital e na oferta em 2022. Os preços atuais também incorporam o fato de que demora entre seis e 12 meses entre o investimento e o crescimento da produção, de acordo com a agência.

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Sem um prêmio de risco geopolítico, a Moody’s espera que os preços do petróleo fiquem em média em “cerca de US$ 75” o barril neste ano e em US$ 68 em 2023, recuando para o meio de sua faixa média prevista nos anos seguintes. A agência diz que os preços elevados do petróleo não seriam sustentáveis por muito tempo e um custo persistentemente alto da commodity impediria o crescimento econômico e faria acelerar a busca por fontes alternativas de energia, o que acabaria por resultar em preços mais baixos do óleo adiante.

Na faixa atual, os preços já refletem a incerteza sobre o resultado das negociações entre EUA e Irã, os riscos crescentes no Oriente Médio e as tensões na fronteira entre Ucrânia e Rússia, afirma a Moody’s.

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*Com Estadão Conteúdo