Payroll: EUA divulga relatório e Bolsas na Europa avançam nesta sexta-feira (2)
A suspensão do teto de dívidas podem ajudar o Fed a subir a taxa de juros em junho, assim como os dados da taxas de desemprego
O relatório de empregos dos Estados Unidos, o Payroll, do mês de maio registrou cerca de 339 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola, nesta sexta-feira (2).
Após a divulgação do relatório, as Bolsas na Europa fecham de maneira positiva, registrando alguns ganhos também devido ao mercado acionário em New York.
Payroll
O relatório divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA aponta que a taxa de desemprego ficou em 3,7% no mês de maio, com um aumento em cerca de 440 mil números de desempregados no país.
As estimativas feitas por analistas do mercado financeiro eram de que o total de 190 mil vagas de emprego seriam abertas no mês de maio, as expectativas eram que as taxas ficassem em 3,5%.
No mês de maio, os ganhos médios de todos os funcionários, por hora, em folhas de pagamento privadas não agrícolas teve uma alta de 11 centavos, cerca de 0,3% para US$ 33,44. Nos últimos 12 meses, a média de ganhos por hora aumentou em 4,3%.
Este indicador também é um dos principais na tomada de decisão do Banco Central dos EUA, o Federal Reserve (Fed) na hora de definir a política monetária.
Opinião dos analistas
De acordo com os analistas do mercado financeiro, o payroll e a suspensão do teto de dívidas podem ajudar o Fed a subir a taxa de juros no mês de junho, destacando que devido às falas recentes da instituição, a manutenção da faixa pode ficar entre 5% a 5,25% neste mês .
Os analistas da Citi destacam que há chances dessa mudança ocorrer no dia da reunião da instituição a partir do dia 13 de junho. Eles avaliam que houve um crescimento mais fraco de emprego em maior, o que pode ter o mesmo resultado nos próximos meses, por conta da demanda mais fraca ou a escassez de mão de obra.
Bolsas na Europa
As bolsas na Europa não reagiram de maneira positiva apenas com os dados do Payroll, assim como também os ganhos apoiados pelo rali no mercado acionário de New York e a aprovação da suspensão do teto da dívida pública norte-americana no Senado.
O índice pan-europeu Stoxx 600 finalizou as operações em uma alta de 1,51%, a 462,15 pontos. O DAX, da Bolsa de Frankfurt, registrou ganho de 1,25%, no total de 16.051,23 pontos. Já o FTSE 100 avançou 1,56%, cerca de 7.607,28 pontos.
O CAC 10 de Paris começou com em alta de 1,56%, entretanto, teve um recuo de 0,26%, fechando o mercado em 7.270,69 pontos.
Por mais que as Bolsas na Europa tiveram um bom fechamento de mercado, nesta sexta, ainda há possibilidades de Pequim estimular um suporte fiscal da economia, devido à recente leva de indicadores mais fracos na China, no qual colocaram o ritmo de recuperação do país por um longo período de restrições contra a pandemia de Covid-19.
De acordo com a economista chefe da Pantheon Macroeconomics, Duncan Wrigley os dados apontam que as autoridades chinesas “provavelmente optarão por suporte direcionado, por enquanto, em vez de estímulos amplos, embora eles devam monitorar estreitamente o problema da ‘demanda insuficiente’”.
Senado dos EUA
Um dos motivos que movimentou a Bolsa de Valores na Europa foi a aprovação da “Lei de Responsabilidade Fiscal”, que suspende o teto de dívidas do país até janeiro de 2025, a próxima decisão que deve ser tomada no Senado norte-americnano pe a sanção do presidente Joe Biden.
O economista- chefe dos EUA, Paul Ashworth, disse para a América do Norte Capital Economics: “O impasse do teto da dívida terminou não com um estrondo, mas com um gemido – já que o projeto foi aprovado facilmente na Câmara e no Senado com maiorias confortáveis”.