Petrobras (PETR4): entenda a possível alteração na política de preços da estatal
A partir do documento publicado pela SEC nesta quinta-feira (31), a Petrobras poderá enfrentar uma fase de mudança na política de preços
Segundo alerta da Petrobras, atualmente tem-se como grande fator de risco para a estatal de economia o fator de alteração na política de preços da corporação, sendo a ordem potencialmente cedida pelo presidente Jair Bolsonaro.
As ações da Petrobras caminham para índices de queda, tendo regredido em quase 1%. Eventualmente, o ocorrido foi resultado de preocupação para os investidores, uma vez que o mercado não possuía indicações do cenário para qual chegaria.
Caso o regulamento seja executado, a Petrobras informa que não pode garantir que a maneira a qual define os valores do combustível não será alterada no futuro.
A corporação destacou que o Governo Federal, diante de sua posição como acionista controlador, tem um alto potencial de buscar objetivos sociais e macroeconômicos a partir da política estatal de economia.
Este potencial, por consequência, causa um efeito material adverso na instituição, nos resultados de seus negócios, em sua situação financeira e no valor de seus títulos.
Junto ao caso, a dois dias atrás o general Silva e Luna teve sua demissão diante do mando do presidente Jair Bolsonaro. O cargo foi ocupado por Adriano Pires, um nome renomado diante de seus feitos acerca do setor do petróleo e gás.
O mesmo defende fielmente a não paralisação de preços e mantém-se a favor da atual política de comparação aos valores do mercado internacional. Porém, as ideias com relação a mudança de preços são controversas entre Bolsonaro e Pires, o que assusta o mercado.
Política de preços
O comunicado desta quinta-feira (31) realizado pela Petrobras e direcionado para seus investidores não foi o primeiro. Já no ano de 2021, a mesma divulgou um documento semelhante.
Esta declaração informava que a política pública de preços poderia sofrer alterações diante de colocações realizadas pelo presidente Jair Bolsonaro, onde ele sinalizava possíveis modificações de um novo presidente, uma nova diretora ou até mesmo um novo conselheiro de administração.
Como funciona a política de preços da Petrobras?
Em princípio, a política de preços da empresa funciona a partir da alteração dos valores dos combustíveis comercializados em suas refinarias. Logo, utiliza-se do Preço de Paridade de Importação para selecionar os reajustes da gasolina e do óleo diesel.
Nesse sentido, os preços do combustível no país tendem a obter variações de acordo com as cotações do petróleo e seus derivados no setor dos mercados mundiais de negociação.
Por fim, também é bastante levado em consideração o preço internacional da commodity. Sendo assim, é calculado o valor de câmbio da corporação e os custos que detém com exportação. A Petrobras atualmente tem como concorrentes fundamentais os importadores, onde mantém um firme ambiente de competição.
Afinal, haverá alteração na política de preços?
Após mando de acréscimo no valor dos combustíveis, o general Joaquim Silva e Luna obteve sua demissão, em favor do presidente Jair Bolsonaro. Por resultado, os analistas acreditam que não ocorrerá mais muitas mudanças acerca da política de preços, tendo a atual entrada do CEO Adriano Pires.
Além disso, em comunicado, o Itaú BBA, parceiro de grandes empresas e investidores institucionais, apontou também que a partir do ingresso de Pires, acredita que não há necessidade de aflições perante a uma possível mudança na política de preços.
Expressou que o enunciado de possível mudança de preços foi dado em virtude da seção de riscos financeiros, onde tornou-se um padrão emitir declarações como essas, sendo uma seção regular no arquivamento da empresa na SEC.
O Itaú acredita que o fato tornou-se algo muito exibido em função de ter coincidido com um período complicado para a política de preços da estatal, que está em meio a um cenário de volatilidade do petróleo, junto à publicação em larga escala de notícias acerca do assunto.