PIB brasileiro cresce 1,9% no 1º trimestre de 2023
As informações foram divulgadas pelo IBGE
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (1º), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou um crescimento de 1,9% durante o primeiro trimestre de 2023.
A expansão ficou acima das expectativas do mercado e foi pressionada, principalmente, pelo desempenho apresentado pela agropecuária.
PIB cresce no 1T23
A alta de 1,9% na comparação trimestral representa um avanço de R$ 2,6 trilhões em valores correntes. Caso comparado ao mesmo período de 2022, a variação positiva durante os três primeiros meses de 2023 foi de 4,0%.
O principal destaque veio da agropecuária, que registrou uma variação positiva de 21,6%. O registro é o maior para o setor desde o quarto trimestre de 1996.
Caso a perspectiva anual seja analisada, o crescimento foi de 18,8%.
Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto, Rebecca Palis, no ano passado houveram problemas climáticos que prejudicaram o segmento. Mas, apesar disso, em 2023, há a previsão de uma safra recorde de soja, com expansão de mais de 24% na produção da commodity.
“A safra da soja é concentrada no primeiro semestre do ano. Ao compararmos o quarto trimestre de um ano ruim com um primeiro trimestre bom, observamos esse crescimento expressivo da Agropecuária”, afirmou.
O grupo com maior influência no indicador econômico, no entanto, finalizou o período com uma alta de 0,6%. Dentro do grupo, os subitens de Transportes e Atividades Financeiras registraram, ambos, uma alta de 1,2%. A indústria, por sua vez, registrou estabilidade, expandindo-se em 0,1%.
O desempenho trimestral atingiu, ainda, níveis acima das expectativas do mercado financeiro. De acordo com o consenso Refinitiv, os consultados esperavam um avanço de 1,3% em relação ao último trimestre de 2022. Na comparação anual, a projeção era de expansão de 3,0%.
Apesar disso, o documento também destacou que o grupo de Informação e comunicação apresentou a maior das quedas durante o período, recuando em 1,4%.
Para Rebecca, uma base de comparação alta é a chave para explicar a queda do setor. “Foi a atividade que mais cresceu depois da pandemia, se encontra 22,3% acima do patamar do quarto trimestre de 2019”, afirmou.
Diante das informações divulgadas pelo IBGE, o presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), se manifestou em seu perfil no Twitter destacando a positividade dos números.
De acordo com o levantamento da Austin Rating, o Brasil atingiu o 4º lugar no ranking dos 49 países que mais cresceram durante o primeiro trimestre de 2023.
Além disso, comparado com as economias que compõem o G20, a nação ficou atrás, apenas, da China, que chegou ao fim do período com alta de 2,2%.
Outros indicadores
Sob o contexto de despesas, o relatório do Instituto destaca que ambos os gastos de consumo das famílias e do Governo contribuíram positivamente para o desenvolvimento econômico durante o primeiro trimestre.
De acordo com os dados, as despesas familiares cresceram em 0,2% durante o período. Já as governamentais expandiram em 0,3%. Além disso, a Formação Bruta de Capital Fixo recuou durante o período, caindo em 3,4%.
Outro fator indicado foi a contribuição positiva do mercado externo para a expansão da economia brasileira. As Exportações de Bens e Serviços indicaram uma queda de 0,4%. No entanto, as Importações finalizaram os três primeiros meses do ano com queda de 7,1%.