PIB cresce 1,8% em março, diz FGV; agropecuária puxa avanço – ESTOA

PIB cresce 1,8% em março, diz FGV; agropecuária puxa avanço

De acordo com o Monitor do PIB, a atividade econômica expandiu em 1,6% no 1T23


Advertisement


Advertisement


Segundo o Monitor do PIB, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) nesta segunda-feira (22), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentou alta de 1,8% no mês de março deste ano.

Além disso, o levantamento também concluiu que, durante o primeiro trimestre deste ano, a atividade econômica aumentou em 1,6%.

Monitor do PIB

Ante o mês de março do ano passado, a economia apresentou uma expansão de 4,5%.

Advertisement


De acordo com a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, o principal responsável pelo crescimento durante os primeiros três meses deste ano foi pressionado pelo “expressivo desempenho da agropecuária (10,9%)”. Ela destaca a “forte contribuição” da produção da soja .

“Além disso, destaca-se também o desempenho positivo dos serviços com crescimento em praticamente todas as suas atividades, o que sinaliza certa resiliência deste setor no início de 2023”, complementa a coordenadora.

Advertisement


Apesar de pressionar o avanço econômico, Juliana diz, ainda, que o crescimento da agropecuária foi extremamente concentrado, e não deve manter o mesmo ritmo até o fim do ano.

Isso, pois a colheita da commodity é realizada durante os primeiros três meses do ano, o que pode simbolizar dificuldades para manter o ritmo de avanço econômico.

Advertisement


Imagem ilustrativa/Foto: fotokostic/GettyImages

Se comparado aos primeiros três meses de 2022, o 1T23 apresentou uma alta de 3,6%.

Atuando como uma prévia do levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que calcula oficialmente as Contas Nacionais, o Monitor do PIB mostra previsões da expansão da economia brasileira utilizando-se das mesmas métricas empregadas pelo órgão.

Advertisement


Em números reais, de acordo com o levantamento, o PIB brasileiro atingiu aproximadamente R$ 2,830 trilhões nos três primeiros meses de 2023.

Importação e exportação

Outro indicador a apresentar uma alta durante o primeiro trimestre deste ano foram as exportações brasileiras de bens e serviços.

Assim, durante os primeiros três meses deste ano, o medidor avançou em 5,7%. O desempenho positivo foi pressionado, de acordo com o Monitor do PIB, por produtos de extração mineral e de serviços.

Apesar disso, as exportações também foram influenciadas negativamente pela “retração da exportação de bens intermediários”.


As importações, por sua vez, caíram 2,1% durante o período. Esse foi o primeiro recuo após oito meses de crescimento seguidos em trimestres móveis.

O desempenho sofreu a interferência das quedas na importação de “produtos agropecuários, da extrativa, e bens intermediários”.

Os serviços importados, no entanto, aumentaram durante o período analisado, mesmo que sua contribuição não tenha sido tão impactante quanto no primeiro trimestre do ano passado.

Consumo das famílias

O consumo das famílias também aumentou de acordo com o Monitor do PIB. O medidor, composto por diferentes itens, cresceu em 4,7% no primeiro trimestre.

Dessa maneira, dentro do grupo, o único medidor a apresentar quedas foi o de produtos semiduráveis. 

Os maiores aumentos foram indicados pelo conjunto de serviços e de produtos não duráveis. O desempenho segue a linha do que foi identificado ao longo do ano passado.

Imagem ilustrativa/Foto: DINO

O segundo foi pressionado, principalmente, pelos combustíveis, que viram seus preços se reduzirem após a Petrobras (PETR4) anunciar a revisão dos valores e a adoção de uma nova política de precificação.

Taxa de investimento

A estimativa levanta, também, a quantia investida pelo governo. Assim, segundo o monitor, a taxa de investimento durante o primeiro trimestre de 2023 foi de 15,7%.

O levantamento destaca, também, que o valor indicado durante os três primeiros meses deste ano fica abaixo da média de investimentos trimestrais desde o primeiro trimestre de 2000 (18,0%) e desde o primeiro trimestre de 2015 (16,6%).

A queda na taxa é, ainda, explicada pelo crescimento do desempenho da agropecuária. O monitor destaca a expansão do PIB consideravelmente acima da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF).