PIB dos EUA cresce 1,3% no primeiro trimestre e inflação acelera para 4,4% – ESTOA

PIB dos EUA cresce 1,3% no primeiro trimestre e inflação acelera para 4,4%

O resultado do PIB representa uma desaceleração em comparação aos 3 últimos meses de 2022


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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu 1,3% durante o primeiro trimestre deste ano, de acordo com dados finais publicados na última quinta-feira (25) pelo Departamento de Comércio do país. O resultado superou as estimativas de analistas do consenso Refinitiv, e também da prévia divulgada em abril, que apontava para alta de 1,1%. 

O número representa uma desaceleração em relação ao crescimento de 2,6% registrado nos últimos 3 meses de 2022. 

PIB dos EUA

De acordo com o Departamento do Comércio, o crescimento do PIB refletiu aumentos nos gastos do governo federal, gastos do consumidor, exportação, governos locais e investimentos fixos não imobiliários.

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A alta foi parcialmente anulada pelas quedas nos investimentos em estoques privados e nos investimentos fixos em imóveis.


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O PIB dos EUA em dólares correntes aumentou 5,4% a uma taxa anual no primeiro trimestre, o equivalente a US$ 348,3 bilhões, para um nível de US$ 26,49 trilhões.

PCE

O índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE), tido como o indicador de inflação que é o termômetro das ações de política monetária americana, ficou em 4,2% no 1º trimestre, acima dos 3,7% registrados nos últimos 3 meses de 2022. 

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Em abril, a inflação do país desacelerou para 4,9% no acumulado de 12 meses, segundo o Bureau of Labor Statistics. Sendo o menor patamar desde abril de 2021, quando estava em 4,2%.

Em março, a taxa anual estava em 5%, de acordo com Labor Statistics, a inflação de abril foi de 0,4%. 

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Excluindo os preços de alimentos e energia, o núcleo índice de preços do PCE aumentou 5,0%, uma variação para cima de 0,1 ponto percentual. 

Inflação medida pelo PCE ficou em 4,2% no 1T23/Foto: Waay

A renda pessoal americana em dólares correntes aumentou US$ 251,3 bilhões no primeiro trimestre, uma revisão para baixo de 27,6 bilhões em relação à estimativa anterior. O aumento no primeiro trimestre refletiu principalmente ganhos em remuneração, liderados por salários privados  e benefícios sociais do governo.

A renda pessoal disponível aumentou US$ 561,6 bilhões, ou 12,3%, no primeiro trimestre, uma revisão para baixo de US$ 9,6 bilhões em relação à última estimativa.

O rendimento pessoal disponível real aumentou 7,8%, uma revisão em baixa de 0,2 pontos percentuais.

A poupança pessoal foi de US$ 829,2 bilhões no primeiro trimestre, representando uma revisão para baixo de US$ 6,1 bilhões em relação à estimativa anterior. 

A taxa de poupança pessoal – a poupança pessoal em porcentagem do rendimento pessoal disponível – foi de 4,2% no primeiro trimestre, uma baixa de 0,6 ponto percentual.


No acumulado anual, o núcleo do índice atingiu 4,7%, acima da expectativa e dados prévios de 4,6%.

Na Ata da última reunião do Fomc, o comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed), divulgada nesta semana, os diretores do banco central americano informaram que a projeção para o PCE deste ano foi ligeiramente revisada para cima em relação à estimativa anterior, devido tanto à variação recente de preços básicos como a leituras que apontaram crescimento salarial.

Às 9h35 (horário de Brasília), após a divulgação dos dados, os futuros da Nasdaq 100 subiam 0,19%, enquanto os da S&P 500 ganhavam 0,03% e os da Dow Jones estavam em alta de 0,06%. No Brasil, o Ibovespa Futuros subia 0,93% e o dólar apresentava desvalorização de 0,29%, a R$5,0212.

“O índice de inflação mais alto do que o esperado corrobora com a visão de que o Fed pode elevar as Fed funds em mais 0,25 ponto percentual. Pode ser que isso ocorra uma pausa em junho e uma retomada em julho”, avalia o analista Lucas Serra, da Toro Investimentos.