PIB dos EUA cresce 3,2% no 3º trimestre, acima do esperado segundo estimativa – ESTOA

PIB dos EUA cresce 3,2% no 3º trimestre, acima do esperado segundo estimativa

Um dos destaques lá fora foi aumento no número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos após a revisão


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O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos apresentou um crescimento de 3,2% no terceiro trimestre de 2022, de acordo com a terceira e última estimativa divulgada pelo Bureau of Economic Analysis (BEA), nesta quinta-feira (22).   

Na estimativa anterior, o aumento do PIB real foi estimado em 2,9%. No segundo trimestre deste ano, o crescimento foi de 2,6%. A expectativa do consenso Refinitiv era de que o percentual fosse mantido em 2,9%.

Economia dos EUA

O número revisado superou as expectativas do que era previsto por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam avanço anualizado no mesmo ritmo da segunda leitura divulgada em novembro, de 2,9%.

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Com a confirmação de um reflexo positivo, a economia dos EUA superou a recessão técnica de duas quedas trimestrais consecutivas, o que havia levantado preocupações referente aos resultados do segundo trimestre, quando seu PIB contraiu 0,6%.

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De acordo com a agência, a alta do PIB no terceiro trimestre refletiu, principalmente, nos aumentos das exportações, maiores gastos dos consumidores, investimentos fixos e no crescimento dos gastos públicos.

O PIB em dólares correntes acumula alta de 7,7% a uma taxa anual. Isso equivale a US$ 475,5 bilhões no terceiro trimestre, chegando a um nível de US$ 25,72 trilhões. Houve alta de US$ 25 bilhões em relação à segunda estimativa do PIB americano.

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Setores que avançaram com a alta do PIB

Na área de exportações, o destaque foi para o setor industrial de bens não duráveis e também para as exportações de serviços. No gasto dos consumidores, o BEA chama a atenção para o avanço do setor saúde. Em investimentos fixos, o crescimento ficou para equipamentos e produtos de propriedade intelectual. 

Em relação aos gastos públicos, houve um aumento dos gastos dos governos estaduais e municipais, liderado por aumentos nos investimentos em estruturas e na remuneração dos servidores públicos. Foi registrado, também, um crescimento dos gastos do Governo Federal, principalmente dos gastos com defesa.

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Após revisão, EUA têm aumento nos pedidos de auxílio-desemprego/Foto: reprodução

Setores que recuaram 

Entre os setores que mais recuaram, ficaram as importações, com destaque para a queda dos gastos de bens de consumo. O setor imobiliário e o comércio varejista também recuaram.

O BEA divulgou, também, que a renda pessoal em dólares correntes aumentou US$ 283,1 bilhões no terceiro trimestre, recuando a US$ 8,1 bilhões frente à última estimativa. O aumento refletiu principalmente aumentos em remuneração (liderado por salários e salários privados), renda de juros pessoais e renda de proprietários não agrícolas, explica o escritório.

A poupança pessoal foi de US$ 507,7 bilhões no terceiro trimestre, uma revisão para baixo de US$ 12,9 bilhões em relação à estimativa anterior.


Aumento nos pedidos de auxílio-desemprego 

Além das altas apresentadas, o Departamento do Trabalho também informou nesta quinta-feira (22) que um dos destaques lá fora foi número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, que subiram 2 mil na semana encerrada em 17 de dezembro, a 216 mil.

Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam aproximadamente 220 mil pedidos na semana passada. As solicitações da semana anterior foram revisadas, de 211 mil para 214 mil.

Já o número de pedidos continuados teve queda de 6 mil na semana encerrada em 10 de dezembro, a 1,672 milhão, em comparação ao ano anterior, que foi 1,678 milhão.

Outros resultados

Quando medida a partir da renda, a economia cresceu a uma taxa de 0,8%, versus 0,3% na segunda estimativa. A Renda Nacional Bruta havia contraído a um ritmo de 0,8% no segundo trimestre.

A média do PIB e da Renda Nacional Bruta aumentou a uma taxa de 2% no período de julho a setembro, contra 1,6% na estimativa anterior, após encolher a um ritmo de 0,7% no segundo trimestre.