PMI Industrial do Brasil apresenta queda de 44,2% em dezembro – ESTOA

PMI Industrial do Brasil apresenta queda de 44,2% em dezembro

Já o PMI de Serviços aumentou cerca de 51,0% no mês de dezembro


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O Índice de Gerente de Compras Industrial (PMI) do Brasil registrou, nesta quarta-feira (4), uma queda de 44,2% em dezembro. De acordo com a S&P Global, essa porcentagem é considerada a segunda queda no setor da saúde desde maio de 2020.

O S&P Global aponta que para o quarto trimestre o resultado mensal, o PMI também registrou sua terceira queda em novos negócios, portanto, impulsionando o declínio na produção desde maio de 2020. 

PMI Brasil

Algumas empresas indicaram que ainda há incertezas em relação às políticas públicas do novo governo, sendo assim, fazendo com que as vendas no mês de dezembro sofressem uma queda, com clientes adiando e cancelando compras.

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Em novembro, o PMI Industrial do Brasil já havia diminuído, com quedas em pedidos, fazendo com que a taxa de emprego caísse, mesmo com uma nova contratação no quadro de funcionários efetivos.

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De acordo com o S&P Global, em dezembro outro setor que colaborou para a queda do PMI Industrial do Brasil, foi a diminuição em pedidos para exportações, que sofreu uma das maiores quedas em 17 anos. 

O setor industrial aponta que os pedidos para exportações na Europa, América Latina e Estados Unidos têm registrado uma demanda mais fraca. 

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As empresas também afirmam que reduziram a compra de insumos no final de 2022, já que a demanda fraca de insumos aliviou a pressão sobre a capacidade dos fornecedores, com a média de prazos de entrega em baixa, pelo segundo mês consecutivo em ritmo de recorde. 

A diretora associada de economia da S&P Global, Pollyanna de Lima, disse em uma nota que: “A pesquisa PMI nos mostra que clientes e fabricantes continuam ansiosos em relação às futuras políticas públicas e à resiliência da economia, com essas preocupações mantendo o setor firmemente contraído em dezembro”. 

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Imagem ilustrativa/Foto: Reprodução

Setor de serviços no Brasil 

De acordo com o levantamento feito pela S&P Global,  o PMI de Serviços aumentou cerca de 51,0% no mês de dezembro, em 2022, registrando alta acima da marca de 50%, que separa o crescimento de contração, no qual empresas indicam parcerias bem sucedidas, na conquista de novos clientes e resiliência da demanda. 

A diretora associada de economia da S&P Global destaca que o setor de serviços do Brasil pode apresentar sinais mistos para 2023: “O desempenho do setor de serviços do Brasil decepcionou no final de 2022, especialmente considerando que começou o ano com força”.

Algumas empresas apontam que houve um aumento nos gastos operacionais  devido à força do dólar, com pressões salariais, custos de empréstimos elevados, preços mais altos de laguna materiais, assim como também tiveram que reduzir o número de funcionários, com os cortes de custos e a incerteza política do país. 


Estes aumentos no setor de serviços podem ser transferidos para os clientes, com o Brasil registrando baixa na inflação dos preços cobrados no mês de dezembro.   

O novo governo em 2023 e a Copa do Mundo em 2022, conseguiram impulsionar os fornecedores de serviços, que apontam que há registros de uma aceleração do crescimento de novos negócios.

“As empresas do setor de serviços também ficaram divididas em suas próprias projeções para o futuro. Cerca de 54% das empresas preveem crescimento da produção em 2023, com o otimismo centrado na esperança de reformas estruturais, taxas de juros mais baixas e inflação contida”, afirma Pollyanna de Lima. 

Muitas empresas do setor de serviços no Brasil,  apontam que as políticas públicas do país podem se tornar mais claras, com a inflação contida, muitas oportunidades de investimento e resiliência na demanda, que pode elevar o um nível mais alto de produção neste ano.