Powell dá indícios de novo aumento nos juros; mercado segue “resiliente” com crises bancárias – ESTOA

Powell dá indícios de novo aumento nos juros; mercado segue “resiliente” com crises bancárias

O presidente do Federal Reserve se reuniu com legisladores americanos


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O presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, Jerome Powell, se reuniu com alguns legisladores norte-americanos na última quarta-feira (29).

No encontro, o líder da autoridade monetária foi questionado sobre o direcionamento futuro dos juros da economia do país, indicando mais uma alta.

A informação foi, posteriormente, reforçada por outros dois representantes do Fed. Com ganhos durante o pregão desta quinta-feira (30), o mercado financeiro segue resiliente com a situação das instituições bancárias do país.

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Aumento nos juros

As informações foram dadas pelo legislador Republicano Kevin Hern, que também participava do encontro reservado de um grupo conservador com o presidente do Fed.

Segundo um porta-voz da reunião, ela havia sido marcada antes mesmo da recente quebra do Silicon Valley Bank (SVB), o escândalo pioneiro de uma série de eventos envolvendo instituições bancárias.

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Silicon Valley Bank/Foto: Reprodução

Dessa maneira, quando questionado sobre as próximas decisões do Banco Central americano acerca do direcionamento da taxa de juros no país, Powell deu indícios de uma nova alta, pressionada pela situação atual da economia.

Para o líder da autoridade monetária do país, as projeções econômicas mais atuais projetam mais uma elevação no custo dos empréstimos e, ainda durante a semana passada, os formuladores de política monetária do país já haviam deixado clara a direção do índice.

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Isso, pois na época eles teriam divulgado novas previsões sobre o direcionamento dos custos dos empréstimos dois dias após a reunião do Federal Reserve em Washington. O documento é conhecido como o “dot plot” da autoridade monetária dos EUA.

Nesta quinta-feira, outros representantes do Fed também confirmaram os indícios de uma nova elevação nos juros norte-americanos, avaliando a última decisão do BC dos EUA, de elevar o índice em 0,25 p.p., como “apropriada”.

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Para a representante do órgão em Boston, Susan Collins, a escolha foi positiva, citando o cenário incerto frente ao recente conjunto de crises envolvendo instituições bancárias e o cenário de inflação elevada.

“Reconhecendo as incertezas aumentadas, acredito que a decisão de permanecer no curso com uma alta de 0,25 p.p. tomada na reunião da semana passada do FOMC foi apropriada”, disse.

A representante antecipa, ainda, uma nova alta no custo dos empréstimos, fazendo com que o intervalo passe de 4,75% a 5% para 5% a 5,25%.

Além disso, para Tom Barkin, presidente do Fed em Richmond, a última decisão foi tomada mesmo considerando que o sistema bancário aparentava estar “resiliente” à época. Ele citou, também, os altos níveis inflacionários.

Sua declaração foi dada em uma palestra separada no dia de hoje.

“Se você recuar da inflação muito cedo, ela volta mais forte, exigindo que o Fed faça ainda mais, com um dano muito maior”, disse.

Tom Barkin, líder do Federal Reserve em Richmond/Foto: Reprodução

“Ainda vejo que a gama de resultados em potencial é muito ampla. Se a inflação persistir, podemos reagir elevando as taxas mais ainda… E se eu estou errado sobre as dinâmicas de preços ou condições de créditos, então podemos responder adequadamente”, finalizou Barkin.

Arrefecimento do estresse bancário 

Diante de um momento resiliente em relação às crises que as instituições bancárias norte-americanas vêm enfrentando, as Bolsas de Valores dos Estados Unidos acumulam altas durante o pregão desta quinta-feira (30).


Assim, por volta das 15h30 (horário de Brasília), o S&P 500, que reúne as quinhentas maiores ações dos mercados dos EUA, soma uma alta de 0,49%, aos 403,32 pontos.

O índice Dow Jones, o segundo mais antigo dos país, atingiu, durante o mesmo horário, uma valorização de 0,33%, com uma pontuação de 32,8 mil.

O NASDAQ 100, composto pelos 100 maiores ativos da bolsa NASDAQ, chegou também por volta das 15h30 com um avanço de 0,82%, totalizando 12,9 mil pontos.