Powell diz que Fed não tem intenção de aderir mais um aperto monetário – ESTOA

Powell diz que Fed não tem intenção de aderir mais um aperto monetário

Descubra como as Bolsas reagiram às falas do presidente do Banco Central dos EUA


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Nesta quarta-feira (21), Jerome Powell, o presidente do Banco Central dos Estados Unidos, Federal Reserve (Fed), participou de sabatina na Câmara dos Representantes, na qual afirmou que, por mais que hajam altas nos juros futuramente, a instituição não tem a intenção de realizar mais um aperto monetário. 

Jerome Powell também aponta todas as decisões tomadas pela instituição sobre a taxa de juros do país. 


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Falas de Powell

Powell disse que a decisão do Fed em manter os juros inalterados na faixa de 5% a 5,25% é “totalmente consistente”, já que, com o aumento nas projeções da instituição, a taxa de Fed Funds pode chegar a 5,6% no fim deste ano. 

O presidente do Fed destacou que foi importante o forte ritmo de altas na taxa de juros dos EUA e aponta que: “Agora não é mais”, assim como também que: “Pode ser que subir mais os juros faça sentido, mas a um ritmo mais moderado”. 

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Após defender as práticas de supervisão para instituições bancárias menores, o presidente do Fed também aponta que a regulação dos bancos precisa ser transparente, consistente e não deve dificultar o modelo de negócios dos bancos menores.

Powell destacou que: “Aprendemos com o Silicon Valley Bank que é necessária maior vigilância sob bancos de médio porte”. 

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Com o aumento nas projeções da instituição a taxa de Fed Funds pode chegar a 5,6% no fim deste ano/Foto: Getty Images

Meta de Inflação 

Powell também falou sobre sua opinião referente ao mercado de trabalho dos EUA, dizendo que está muito apertado. Sendo assim, é necessário que o Fed mantenha o foco de sua meta de inflação a 2% ao ano: “Voltaremos à inflação de 2% e nível ótimo de empregos, mas o nível dos juros a ser atingido é a grande questão”.

De acordo com o presidente do Fed, os membros do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos EUA apontam que o mercado de trabalho forte é um dos principais fatores que movimentam a economia norte-americana. 

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No entanto, Powell ainda afirma que há sinais de esfriamento na relação entre vagas de emprego disponíveis e trabalhadores desempregados terem caído de 2,0 a 1,6, logo que se iniciou a alta na inflação dos EUA. 


“Empregadores relatam menos dificuldades para contratar e funcionários não deixam tanto seus empregos”, disse Powell.

Sabatina na Câmara dos Representantes 

A reunião de Powell com os membros da Câmara dos Representantes tem como objetivo demonstrar que a adoção de uma exigência maior de capital para os bancos nos EUA não deve prejudicar a população e os pequenos negócios ao crédito.

O Fed estuda a possibilidade de gerar alta às exigências de capital dos bancos nos EUA, para que assim haja como evitar novas crises. 

Na proposta apresentada pelo presidente do Fed, apenas os bancos de portes maiores devem ser afetados pelo aumento de capital exigido. 

Powell também disse que o balanço de ativos do Fed precisa diminuir, já que é fundamental que a autoridade monetária norte-americana não aumente em todo ciclo que houver um aperto monetário. 

O Fed estuda a possibilidade de gerar alta às exigências de capital dos bancos /Foto: Busakorn Pongparnit / Getty Images

Bolsa de Valores

As Bolsas dos Estados Unidos reagiram de maneira mista, após o discurso de Powell, com índices caindo e outros apresentando alta. 

Às 13:25 (horário de Brasília) o Dow Jones operava em alta de 0,03%, a 34.066,175 pontos, entretanto, o S&P 500 recuava 0,33% cerca de 4.374,04 pontos, assim como também o Nasdaq que apresentou queda de 1,07%, no total de 13.522,39 pontos.

Já na Europa, após as falas de Powell e com o resultado da Inflação do Consumidor do Reino Unido (CPI), todos índices registraram queda. 

O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 0,50%, a 457,01 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 0,55%, no total de 16.023.13 pontos. Já em Paris, o CAC 40 estava desvalorizado em 0,46%, cerca de 7,260.97 pontos, enquanto o FTSE 100 de Londres diminuía 13%, a 7,559.18 pontos.