Prévia do PIB: IBC-Br cresce 2,41% no primeiro trimestre – ESTOA

Prévia do PIB: IBC-Br cresce 2,41% no primeiro trimestre

Índice de atividade econômica sobe 5,46% em março e contribui com alta de 2,41% no primeiro trimestre do ano


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O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou uma alta de 2,41% no primeiro trimestre no ano, ante o trimestre imediatamente anterior, informou o Banco Central nesta sexta-feira (19). 

Os dados divulgados, após o ajuste sazonal, dão sequência à trajetória de crescimento econômico, correspondente ao aumento de 3,32% reportado em fevereiro deste ano. Em março, de acordo com o Banco Central, o IBC-Br saltou 5,46%.

O resultado dos três primeiros meses de 2023, em comparação ao mesmo período do ano anterior, cresceu 3,87% – sem ajuste sazonal, uma vez que a comparação é entre o mesmo período de anos distintos. Em relação ao acumulado dos últimos 12 meses, por sua vez, o indicador apresentou um avanço de 3,31%, puxado pelo setor de serviços (que tem o maior peso no cálculo do indicador) e, principalmente, pelo agronegócio. 

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O dado oficial da soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil é divulgado em junho pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


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Evolução do crescimento econômico

Após o recuo de 1,65% no quarto trimestre de 2022, o IBC-Br apontou um crescimento econômico de 2,41% entre janeiro e março de 2023.

No primeiro mês do ano, o índice considerado prévia do PIB teve uma queda de 0,04%, livre de efeitos sazonais, contra a alta de 0,47% reportada em dezembro de 2022. Em fevereiro, no entanto, o Banco Central divulgou um aumento de 3,32% em relação a janeiro.

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Já em março, o índice desacelerou e retraiu 0,15%, a 147,09 pontos, contra o elevado patamar de fevereiro. Em comparação ao mesmo período do ano passado, contudo, o IBC-Br subiu 5,46% no último mês do primeiro trimestre – também sem ajuste para o período.

Safras de grãos/Foto: CNA/Wenderson Araujo/Trilux

O resultado positivo do trimestre foi a maior expansão trimestral em mais de dois anos, logo em seguida da aceleração econômica no quarto trimestre de 2020, quando manifestou um aumento de 3,93% no índice.

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No consenso do mercado financeiro, a alta é um bom indício de um avanço da atividade econômica para 2023. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (18) que o governo federal deve aumentar a estimativa oficial do PIB, de 1,60% para 1,90%.

IBC-Br e PIB (Produto Interno Bruto)

Considerado prévia do PIB, seu resultado e o indicador oficial do IBGE são calculados de modos distintos. 

Além dos dados referentes à indústria, setor de serviços, agropecuária e volume de impostos – que ambos incluem no cálculo –, o indicador do BC não leva em consideração os dados relativos à demanda dos mesmos setores, enquanto o IBGE inclui.


O que é o IBC-Br e qual é o seu papel

Como soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país, o PIB é um indicador da evolução econômica: seu crescimento aponta um bom andamento da economia, da mesma forma que seu recuo indica uma retração econômica. Portanto, é um dos mecanismos utilizados na análise de produção, consumo e investimento.

O índice considerado sua prévia, calculado pelo Banco Central, é uma ferramenta que auxilia na decisão da taxa básica de juros, definida pelo Comitê de Políticas Monetárias (Copom) do BC. Hoje, em 13,75% ao ano, a Selic está em seu maior patamar em seis anos, desde janeiro de 2017 quando manifestou o mesmo nível. 

Em momentos de alta no índice, a Selic é elevada para aumentar os preços a fim de aliviar as pressões inflacionárias. Deste modo, resultados baixos permitiriam ao BC reduzir a taxa de juros, visto que o freamento da atividade econômica.