Previsão para inflação sobe para 5,96%, aponta Focus
O índice continua se afastando da meta estipulada
De acordo com a edição desta segunda-feira (13) do Boletim Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC), as expectativas do mercado financeiro para a inflação neste ano subiram para 5,96%.
No último resultado, as previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação, haviam sido mantidas após passar por 11 altas seguidas.
Previsões para a inflação
A expectativa moldada pelos diferentes agentes financeiros considerados pela autoridade monetária brasileira foi divulgada na manhã desta segunda. Eles esperam, dessa maneira, que o IPCA atinja os 5,96% ao fim deste ano.
A revisão representa uma alta de 0,06% no resultado final do índice inflacionário da economia brasileira. Há uma semana, as instituições optaram por manter a previsão, rompendo a sequência de 11 elevações seguidas, que voltou nesta edição.
Isso faz com que a quantia se afaste cada vez mais da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, de 3,25%, com um intervalo de tolerância de 1,50 p.p. para cima ou para baixo, considerando resultados entre 1,75% e 4,75%.
O resultado da previsão para os dois próximos anos, no entanto, permaneceram inalterados, fazendo com que o mercado financeiro espere que o IPCA feche os anos de 2024 e 2025 em, respectivamente, 4,02% e 3,80%. As sequências são de, respectivamente, três e duas semanas seguidas.
Na projeção para 2026, houve a quarta elevação seguida, indo de 3,77% para 3,79%.
Taxa Selic
Em relação à taxa Selic, os juros básicos da economia brasileira, no entanto, o mercado financeiro manteve suas apostas em todos os anos para os quais o relatório busca previsões, estimando que o indicador finalize 2023 aos 12,75%. O resultado é o mesmo há quatro edições seguidas.
Dessa maneira, para 2024, o conjunto de instituições prevê que a taxa feche aos 10%, o mesmo há quatro semanas.
Para 2025 a expectativa, que permanece inalterada há cinco edições, é de que os juros atinjam os 9%.
Em 2026, a previsão do mercado financeiro é de que a Selic seja de 8,75% ao fim do ano.
Economia e câmbio
Além das alterações citadas, a projeção para o crescimento econômico brasileiro também foi elevada.
Dessa forma, o mercado acredita que, ao fim deste ano, o Produto Interno Brasileira (PIB) tenha uma variação positiva de 0,89%, contra os 0,85 p.p. da última edição publicada.
Em 2024 e 2025, os resultados permaneceram inalterados. O conjunto de instituições acreditam que o crescimento seja de, respectivamente, 1,50% e 1,80%.
Para 2026, no entanto, a previsão foi reduzida em 0,02 p.p., indo de 2% para 1,98%.
Outro elemento em que o mercado financeiro manteve suas expectativas foi para o câmbio, que, no relatório, representa a cotação do dólar em reais.
Dessa forma, para 2023 a previsão de R$ 5,25 permanece por 6 edições consecutivas.
Para o ano de 2024, esta é a segunda semana em que a projeção é de R$ 5,30. A aposta é a mesma para 2025 que foi mantida, por sua vez, pela décima segunda publicação seguida.
A expectativa para 2026 é, por fim, de R$ 5,33, e se manteve pela segunda semana subsequente.
Nesta segunda-feira (13), a moeda americana sobe à medida que o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, a B3, opera perto da estabilidade, somando uma queda de 0,04% por volta das 15:10 horas (horário de Brasília).
Isso ocorreu por conta do recente escândalo de falência do Silicon Valley Bank (SVB), que afetou diversos mercados ao redor do mundo, incluindo o brasileiro.