Reabertura na China anima Ibovespa; apesar de dados fracos e Petrobras – ESTOA

Reabertura na China anima Ibovespa; apesar de dados fracos e Petrobras


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A cautela que predomina o mercado internacional limita o Ibovespa de avançar consideravelmente, estimulado pela nova alta do minério de ferro, diante da reabertura em alguns pontos de Xangai. As bolsas norte-americanas e a maioria na Europa caem.

Renovadas preocupações com o ritmo de expansão da economia mundial estão no foco dos investidores, após dados fracos da China e estimativa de expansão econômica menor da zona do euro.


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“Preocupação central com o crescimento global, e por esse aspecto a agenda não ajuda muito, saíram dados mais fracos de atividade na China, revisão de projeção de crescimento para a Europa, temos indicadores secundários nos EUA, e diretores do Fed falando”, comenta o economista-chefe do BV, Roberto Padovani, em nota.

Para Rodrigo Knudsen, gestor da Vítreo, a questão é se a crise dará uma trégua ou se o mercado vai voltar a olhar fundamentos ou se entrará em um ‘modo risk-off‘ (perdas). “Hoje, o mercado olha e está avaliando, mas não acho que saímos da zona de perigo ainda”, afirma.

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Petrobras

Ao mesmo tempo, novos ruídos políticos envolvendo a Petrobras ganham força, com o presidente Jair Bolsonaro dando “carta branca” para o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, decidir o rumo da petrolífera.

E já se fala em mudança no comando da estatal há pouco tempo de José Mauro Ferreira Coelho ter assumido a presidência. O assunto pode incomodar principalmente o investidor estrangeiro, que continua saindo da B3.

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Neste ambiente, o petróleo caiu no exterior, mas sem contaminar as ações da Petrobras e consequentemente do índice Bovespa. O pagamento de dividendos hoje pela companhia alivia os negócios, como observa em nota Álvaro Bandeira, economista e consultor de Finanças. Outro fator que ajuda é a nova alta do minério de ferro na China.

“Vale está puxando o índice, sofreu bastante. Com a alta do minério, ajuda a estimular ações do segmento após notícia de reabertura de algumas atividade em Xangai, apesar de as notícias na China indicadores não serem boas”, diz um operador.

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Ele completa ainda que no caso de Petrobras, o investidor olha os dividendos pagos pela empresa, deixando os ruídos políticos em segundo plano, por ora. “Parte deste dinheiro, será reinvestida na própria empresa.”

Às 10h45, o Ibovespa subia 0,71%, aos 107.681,72 pontos, ante máxima a 107.891,04 pontos (alta de 0,90%).

Xangai tem reabertura de algumas atividades

A despeito de dados fracos de atividade por lá e de o banco central chinês ter mantido a maioria de suas taxas, Xangai está iniciando a reabertura de algumas atividades que foram fechadas na tentativa de conter o atual surto de covid-19, o que dá certo alento.

Para Knudsen, ainda ajuda a Bolsa o fato de alguns ativos estarem com preços atrativos em relação ao exterior. “Pode ser que esses ruídos em torno da Petrobras pesem à frente, especialmente com a aproximação da eleição. Aqui sobre as crises, mas tem uma resiliência fundamentalista. Só tende a cair mudando de direção com algum pânico”, avalia.

De todo modo, o cenário de volatilidade deve se fazer presente em meio a este quadro de incerteza, em semana de divulgação de indicadores com pouca possibilidade de influenciar os negócios. Porém, ficam no radar falas de autoridades monetárias dos Estados Unidos e Europa, além do vencimento de opções sobre Ibovespa (4ª feira). Na sexta-feira, o índice fechou com alta de 1,17%, aos 106.924,18 pontos.


Balanços

Em relação a resultados corporativos, Magazine Luiza e Eletrobras divulgam seus números do primeiro trimestre após o fechamento da B3. A estatal ainda ganha maior atenção em meio à expectativa de retomada da análise do processo de privatização da empresa esta semana.

Além disso, fica no radar o impasse em relação ao reajuste dos servidores. Depois dos funcionários do Banco Central (BC), em greve desde o dia 3, os funcionários do Tesouro Nacional podem também paralisar as atividades amanhã. Nesta terça-feira, também cruzarão os braços os analistas de comércio exterior e os especialistas em políticas públicas e gestão, além da carreira de planejamento e Orçamento.

*Com Estadão Conteúdo.