Taxa de desemprego cai em 8,7% no terceiro trimestre de 2022 – ESTOA

Taxa de desemprego cai em 8,7% no terceiro trimestre de 2022

Brasil abre 1 milhão de vagas no mercado de trabalho


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Nesta quinta-feira (27), O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), na qual mostra que a taxa de desemprego no terceiro trimestre de 2022, caiu em 8,7%.

O Brasil abre 1 milhão de vagas no mercado de trabalho neste trimestre, deste modo o total de trabalhadores ocupados alcança novo recorde, o equivalente a 99,269 milhões de pessoas.

A queda do desemprego 

A pesquisa divulgada pelo IBGE, mostra que a população brasileira desempregada diminuiu em 621 mil no mesmo trimestre, totalizando 9,460 milhões de brasileiros em busca de uma vaga até setembro.

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O economista  do C6 Bank, Felipe Salles, disse em seu comunicado que: “A queda do desemprego é reflexo dos dados positivos de atividade econômica registrados nos trimestres anteriores, pois o mercado de trabalho costuma sentir o impacto da economia com alguma defasagem de tempo. É por isso que ainda vemos dados positivos, apesar da atividade já sinalizar desaceleração”.

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Salles afirmou que a situação pode mudar a partir do ano que vem, quando a economia global pode desacelerar e contabilizar juros altos no mercado de trabalho, ele também disse que a taxa de desemprego em 2022 pode encerrar com 8,1%. Entretanto, pode voltar a subir “moderadamente” em 2023, em 9,2%.

Imagem ilustrativa Créditos: S1 Static

Setor Público e Privado

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, disse que foram criadas mais vagas com carteira assinada no setor privado, assim como o aumento de vagas para trabalhadores do setor público.  

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O setor público recebeu 291 mil trabalhadores neste trimestre, alcançando um recorde de 12,156 milhões de ocupados. Entretanto, o número de trabalhadores sem carteira assinada neste mesmo setor aumentou, enquanto no setor privado houve um índice alto de trabalhadores com carteira assinada, em 482 mil vagas.

A taxa de informalidade 

A coordenadora do IBGE, afirmou que no terceiro trimestre deste ano, houve uma expansão de ocupação de vagas, deste modo o número de serviços informais apresentou uma queda de 39,4%. Diferente do resultado do trimestre de 2021, que elevou os números de trabalhadores informais em 40,6%.

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Beringuy disse que ano passado, as taxas altas de informalidades eram um efeito da pandemia da Covid-19, ela disse que  o setor público sofreu muitas perdas de trabalhadores na área de educação:  “Bastante afetada durante a pandemia”, afirma a coordenadora. 


O economista da GO Associados Lucas Godói, avalia a queda de serviços informais, neste trimestre de 2022, como positiva: “Historicamente, temos uma informalidade estruturalmente alta e mais um resultado para baixo indica que temos uma tendência de queda bem forte”.

Adriana Beringuy, aponta que: “O que ajuda bastante no crescimento da formalidade é esse movimento da administração pública, saúde e educação. Tanto a parte pública quanto o setor privado para saúde e educação”.

Por último, a coordenadora apontou que o IBGE tem contribuído no processo de expansão da ocupação, que atualmente milhares de pesquisadores estão envolvidos nesta mudança.  

A criação de vagas por atividades econômicas mostrou 315 mil trabalhadores a mais, atuando no setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Assim como o crescimento na educação e saúde privadas.

Representação das pesquisas  Créditos: IMG Olhar Digital

O crescimento no rendimento do real

O IBGE apontou que o crescimento médio está relacionado à deflação registrada nos últimos meses, que proporciona ganhos. 

Com mais trabalhadores formais, o cenário de atividade econômica pode crescer no mercado de trabalho, mostrando opções mais favoráveis. Portanto, houve elevação de 11,3% na renda média nominal.

Adriana explicou que “Por eu ter na minha base de ocupados menos informalidade e mais formalidade, um aporte maior de carteira no setor privado e trabalhadores do setor público, que, de modo geral, têm rendimentos maiores, associado a uma retração da inflação, então o conjunto desses fatores contribui para esse aumento do rendimento”.