Taxa de desemprego desce para 13,2% e atinge 13,7 milhões de brasileiros
Em relação ao trimestre móvel anterior, o número de pessoas desocupadas caiu 1,4%
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgado nesta quarta-feira, (27), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número da taxa de desemprego do trimestre terminado em agosto caiu 1,4% em relação ao trimestre terminado em maio.
Comparado ao mesmo período de 2020, o percentual de desemprego caiu 1,3%. Além disso, a população ocupada subiu para 90,2 milhões de pessoas. O número representa um aumento de 4,0% em relação ao trimestre móvel terminado em maio, e segundo o IBGE, “ficou estável na comparação anual”.
A população desocupada (13,7 milhões de pessoas) caiu 7,7% (menos 1,1 milhão de pessoas) ante o trimestre terminado em maio de 2021 e ficou estável na comparação anual.
Apesar dos dados positivos de desocupação, a taxa do rendimento real habitual, que é o rendimento recebido por empregados, empregadores e trabalhadores por conta própria, mensalmente, também caiu -4,3% em comparação ao trimestre móvel anterior. O valor foi de R$2.602 para R$2.489.
RECORDE DE TRABALHADORES POR CONTA PRÓPRIA
O número de trabalhadores por conta própria chegou na casa de 25,4 milhões de pessoas e atingiu um recorde na série histórica. No trimestre, a alta foi de 4,3%, que significa mais de 1 milhão de pessoas. Já na comparação anual, o crescimento foi de 18,1 ponto porcentual, o que representa 3,9 milhões de pessoas.
A taxa de informalidade cresceu 1,1% e chegou a marca de 37,1 milhões de trabalhadores nesta modalidade. O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (10,8 milhões) subiu 10,1% (987 mil pessoas) no trimestre e 23,3% (2,0 milhões de pessoas) no ano, as maiores variações da série histórica, em termos percentuais e absolutos, na comparação anual.
CARTEIRA DE TRABALHO
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusivamente trabalhadores domésticos) foi de 31,0 milhões de pessoas, subindo 4,2% (1,2 milhão de pessoas) frente ao trimestre anterior e 6,8% (2,0 milhões) ante o mesmo trimestre de 2020.
Já em relação aos empregados sem carteira assinada no setor privado (10,8 milhões) o número subiu 10,1% (987 mil pessoas) no trimestre e 23,3% (2,0 milhões de pessoas) no ano. Segundo o IBGE, essas foram “as maiores variações da série histórica, em termos percentuais e absolutos, na comparação anual”. O número de empregadores (3,8 milhões) ficou estável nas duas comparações.
De acordo com o relatório, o Brasil produziu mais força de trabalho durante o trimestre. O número de pessoas ocupadas e desocupadas aumentou em 2,3%, alcançando uma população estimada de 103,8 milhões.
ATIVIDADES NOS SETORES PRODUTIVOS
Entre os grupamentos de atividades, ante o trimestre anterior, houve altas em: Indústria Geral (5,3%, ou mais 578 mil pessoas), Construção (10,0%, ou mais 620 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (7,8%, ou mais 1,2 milhão de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (4,9%, ou mais 215 mil pessoas), Alojamento e alimentação (10,2%, ou mais 424 mil pessoas) e Serviços domésticos (9,7%, ou mais 495 mil pessoas).
Houve redução no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,2%, ou menos 367 mil pessoas).