Taxas futuras de juros mantém tendência e recuam na curva toda
As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em queda firme nesta manhã, com os vencimentos intermediários e longos registrando sucessivas mínimas, chegando a registrar queda de até 19 pontos-base. A expectativa inicial do mercado era de um dia de oscilações mais contidas, a contar pela sequência de quedas dos últimos dias. Mas a forte virada do petróleo, agora contabilizando perdas de mais de 6%, acabou por favorecer um movimento mais firme na curva a termo.
O dólar também recua, em linha com a tendência internacional de maior apetite por risco nesta manhã, que leva as bolsas a subirem na Europa e nos Estados Unidos.
Às 9h37, o contrato de DI para janeiro de 2023 tinha taxa de 12,69%, ante 12,73% do ajuste de ontem. O vencimento para janeiro de 2025 projetava 11,24%, contra 11,41%. Na ponta longa da curva, a vencer em janeiro de 2027, a taxa era de 11,07%, de 11,26% do ajuste anterior.
Taxa Selic sofrerá ajuste
As sinalizações do Banco Central (BC) de que a intenção é promover apenas mais um ajuste de 1 ponto porcentual na taxa Selic já estão consolidadas na curva de juros. Resta, entretanto, acompanhar os desdobramentos da guerra no Leste Europeu, única variável no horizonte que pode alterar o plano do BC.
E o dia começa no exterior justamente com a expectativa pela retomada das negociações entre Rússia e Ucrânia, que ocorrem presencialmente na Turquia. A esperança de um entendimento entre os dois países que leve ao fim da guerra motiva a alta das bolsas na Europa e nos futuros de Nova York.
No Brasil, a agenda traz os dados do Caged de fevereiro, que mostrou criação de 328.507 postos de trabalho em fevereiro, número que ficou acima do teto das estimativas do mercado.
O investidor também avalia hoje a troca de comando na Petrobras e monitora a possibilidade de greve dos funcionários do Tesouro. O Tesouro faz leilão de LFT para 1º/3/2025 e 1º/3/2028 e de NTN-B para 15/5/2027, 15/5/2035 e 15/8/2060.
*Com Estadão Conteúdo.